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Execução de manifestante anti-governo causa indignação no Irã

Execução de homem ligado a protestos em 2022 gera indignação e desencadeia greve de fome entre prisioneiras, incluindo ganhadora do Nobel da Paz.

Teerã, Irã – 24 de janeiro de 2024 – O Irã anunciou a execução de um homem que participou de manifestações anti-governo em 2022, desencadeando uma onda de indignação generalizada e levando uma ganhadora do Nobel da Paz iraniana a anunciar uma greve de fome na prisão em que se encontra.

Os protestos em todo o país ganharam força após a morte de Mahsa Amini, em setembro de 2022, enquanto estava sob custódia policial. A jovem de 22 anos foi detida por, supostamente, usar seu hijab de forma inadequada.

As autoridades iranianas reprimiram as manifestações com prisões e outras medidas, resultando em confrontos intensos entre a população e a polícia em todo o país.

Na terça-feira (23), o judiciário iraniano anunciou a execução de um homem de 23 anos, acusado de participar dos distúrbios, matar um policial e ferir outros cinco ao atropelá-los com um carro durante os protestos nacionais de 2022.

Muitos iranianos manifestaram sua oposição à execução nas redes sociais e em outros lugares. Narges Mohammadi, defensora dos direitos humanos e ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em dezembro passado, está detida em uma prisão em Teerã.

Em uma postagem nas redes sociais, Mohammadi anunciou que 61 detentas políticas em sua prisão iniciarão uma greve de fome na quinta-feira (25). A ação é um protesto pelos centenas de indivíduos aguardando execução nas prisões da República Islâmica e para manter viva a memória das pessoas já executadas. O incidente destaca as tensões contínuas em torno dos direitos humanos no Irã e a resposta de figuras proeminentes a tais ações do governo.

SourceNHK

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