Estados Unidos lançam novos ataques em alvos ligados aos terroristas Houthi

Sanaa, Iémen – 14 de janeiro de 2024 – Os Estados Unidos realizaram novos ataques contra alvos associados ao grupo terrorista Houthi, no Iémen. A ação ocorreu cerca de 16 horas após uma operação conjunta com o Reino Unido, na qual forças americanas e britânicas lançaram ataques aéreos em várias localidades do país. A motivação para essas ações foi a série de ataques dos Houthi a embarcações comerciais que navegavam no Mar Vermelho.

De acordo com um alto funcionário dos Estados Unidos, os ataques de quinta-feira (11), atingiram um total de 28 locais, resultando na redução da capacidade dos Houthi de realizar futuros ataques. No entanto, as informações sugerem que a operação adicional de sexta-feira (12), foi significativamente menor em escala, concentrando-se em uma instalação de radar utilizada pelos terroristas.

As repercussões dessas ações foram sentidas nas ruas da capital iemenita, Sanaa, onde grandes protestos foram organizados contra os Estados Unidos. A população expressou seu descontentamento com as intervenções estrangeiras no país.

Simultaneamente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas realizou uma reunião de emergência na sexta-feira (12). Enviados dos Estados Unidos e do Reino Unido defenderam os ataques como uma medida necessária de autodefesa, alinhada com o direito internacional. Em contrapartida, o representante da Rússia condenou os ataques, alegando que eles destabilizam a região. Outros membros do conselho, especialmente da África, pediram a evitamento de uma escalada maior, sem mencionar países específicos.

O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, emitiu uma declaração por meio de seu porta-voz, destacando a importância do respeito à resolução do Conselho de Segurança da ONU de quarta-feira (10), que exige que os Houthi cessem imediatamente os ataques no Mar Vermelho. Embora não tenha mencionado diretamente os Estados Unidos e o Reino Unido, Guterres enfatizou a necessidade de evitar ações que possam agravar ainda mais a situação no Iémen, visando a preservação da paz e estabilidade na região.