Kanazawa, Ishikawa – Japão, 09 de Janeiro de 2024 – Uma semana após um grande terremoto atingir o Japão Central, a região ainda enfrenta desafios significativos enquanto os esforços de resgate e recuperação continuam. No último domingo (7), as autoridades confirmaram a morte de pelo menos 168 pessoas, enquanto mais de 300 ainda estão desaparecidas na Província de Ishikawa.
As condições meteorológicas adversas complicaram ainda mais a situação nas áreas mais atingidas, com o frio intenso e a neve afetando diretamente as operações de resgate. Até as 14h de segunda-feira (8), a acumulação de neve na Península de Noto atingiu cerca de 10 centímetros, levantando preocupações sobre o colapso de edifícios danificados sob o peso da neve.
As autoridades estão aconselhando as pessoas afetadas a tomar precauções contra a hipotermia, especialmente os idosos que compõem a maioria dos ocupantes de abrigos temporários. Em um desses abrigos, um evacuado expressou a difícil situação, “Não tomo banho há uma semana. Não consigo tomar banho sozinho, preciso de ajuda”.
A situação é especialmente desafiadora para os idosos, representando cerca de 70% das pessoas em centros de evacuação. Outro evacuado relatou, “Solicitei mudar para moradia municipal. Se minha inscrição não for aprovada, preciso pedir às autoridades que encontrem um lugar para eu morar”.
Até domingo, mais de 28.000 pessoas estavam vivendo em abrigos na Província de Ishikawa e 158 em Toyama. Alguns centros de evacuação relatam o surgimento de sintomas como febre entre os evacuados.
Para lidar com a situação, um ginásio em Kanazawa City começou a aceitar idosos, gestantes e outros que necessitam de cuidados especiais. O local, equipado com infraestrutura essencial, planeja transferir evacuados para hotéis e outras instalações.
O governador de Ishikawa, Hase Hiroshi, enfatizou a importância de evitar mortes relacionadas ao desastre e melhorar as condições nos centros de evacuação. Enquanto isso, a comunidade local está oferecendo ajuda, com empresas e residentes disponibilizando recursos.
Um exemplo tocante de solidariedade é a instalação de banhos gratuitos em Shika Town. Todos os 660 ingressos foram distribuídos em menos de duas horas, proporcionando alívio e conforto para aqueles que não puderam tomar banho em casa devido aos danos causados pelo terremoto.
Os esforços de reconstrução das ruas e estradas danificadas estão em andamento, facilitando a busca por sobreviventes e a entrega de suprimentos essenciais. No entanto, o Japão ainda permanece em alerta, com a Agência Meteorológica alertando para a possibilidade de novos tremores nos próximos meses.
Tsukada Shinya, oficial da Agência Meteorológica do Japão, declarou: “A possibilidade de outro terremoto de magnitude 7,6 diminuiu, mas a atividade sísmica continua”. O alerta abrange possíveis tremores com uma intensidade superior a cinco na escala sísmica japonesa de zero a sete nos próximos meses, reforçando a importância da vigilância contínua nas áreas afetadas pelo desastre.
A tragédia de 1º de janeiro registrou uma magnitude de 7, e os desafios persistem enquanto o Japão Central enfrenta uma longa jornada de recuperação.
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