Coreia do Norte encerra organizações de reunificação com o Sul após declaração de Kim Jong Un

Pyongyang, Coreia do Norte – 17 de janeiro de 2024 – A Coreia do Norte tomou medidas drásticas em relação à sua política de reunificação com o Sul, anunciando o encerramento de todas as organizações dedicadas a esse propósito. A decisão, atribuída ao líder Kim Jong Un, que recentemente classificou o Sul como o “inimigo principal” do país, foi ratificada pela Assembleia Popular Suprema norte-coreana na última segunda-feira (15).

A Assembleia decidiu abolir o Comitê para a Reunificação Pacífica da Pátria, agência estatal encarregada dos assuntos intercoreanos. Os sites do comitê já foram tornados inacessíveis.

Além disso, a Assembleia decidiu abolir um escritório de cooperação econômica e um órgão responsável pelo turismo intercoreano no Monte Kumgang.

De acordo com a agência de notícias Radiopress, sediada em Tóquio e especializada na análise da cobertura da mídia norte-coreana, o serviço de rádio da Estação de Transmissão de Pyongyang, que veicula propaganda para a Coreia do Sul, foi interrompido desde sexta-feira (12) à noite.

Na mesma assembleia, Kim Jong Un ordenou o isolamento total da seção norte-coreana da linha férrea Gyeongui, no lado oeste da Península Coreana, impedindo qualquer trabalho de restauração. Esta linha havia sido cortada durante a Guerra da Coreia, mas líderes das Coreias do Norte e do Sul concordaram em reconectá-la durante uma cúpula anterior.

Além disso, o líder norte-coreano solicitou a exclusão de conceitos como “reunificação” e “reconciliação” da Constituição do país. Ele também ordenou a remoção de um monumento em forma de arco ao sul de Pyongyang, símbolo da esperança por uma Coreia unificada.

Essas mudanças abruptas marcam uma nova fase nas relações intercoreanas, gerando preocupações sobre o futuro do diálogo e da estabilidade na região. Observadores internacionais agora aguardam desenvolvimentos adicionais e possíveis repercussões dessa decisão surpreendente.