Chefe do órgão regulador nuclear do Japão nega que revisão de resposta foi motivada pelo terremoto em Noto

Tóquio, Japão – 18 de janeiro de 2024 – O chefe do órgão regulador nuclear do Japão, Yamanaka Shinsuke, negou que a instrução para revisar as diretrizes de resposta a acidentes nucleares tenha sido motivada pelo terremoto que atingiu o centro do Japão no primeiro dia do ano.

As diretrizes estabelecidas pela Autoridade de Regulação Nuclear pedem que os residentes fora de um raio de 5 quilômetros de uma usina nuclear, mas dentro de 30 quilômetros, busquem abrigo indoors em caso de acidente grave.

No entanto, o terremoto de 1º de janeiro cortou comunidades e causou danos estruturais generalizados na Península de Noto, tornando difícil para as pessoas permanecerem em ambientes fechados.

Yamanaka Shinsuke afirmou a repórteres nesta quarta-feira (17), que muitas perguntas sobre o abrigo indoor foram levantadas em uma reunião no sábado (13), com autoridades municipais em torno da usina nuclear de Onagawa, na província de Miyagi.

Ele enfatizou que essas questões o levaram a dar a instrução à secretaria da autoridade.

Os participantes da reunião de sábado pediram uma melhor preparação para desastres nucleares, incluindo planos de evacuação e abrigo indoor, observando que o terremoto em Noto destruiu muitas casas e tornou várias estradas intransitáveis.

Questionado sobre como os residentes próximos a uma usina nuclear devem responder a um grande terremoto, quando podem ser privados de meios de evacuação ou instalações para abrigo, Yamanaka respondeu que as diretrizes estipulam que medidas contra desastres naturais são fundamentais.

Ele também afirmou que planos regionais de preparação para desastres estão em vigor onde as usinas nucleares estão em operação, e instalações relacionadas estão sendo construídas.

Yamanaka adicionou que evacuações por navio e aeronave estão sendo planejadas para áreas que podem ficar isoladas e sugeriu que meios de evacuação e instalações para abrigo indoor estão sendo garantidos.

Ele afirmou que as discussões da autoridade se concentrarão em quando o abrigo indoor deve começar e por quanto tempo deve continuar, e que levará vários meses para chegar a uma conclusão.