Tóquio, Japão – 21 de janeiro de 2024 – O Partido Liberal Democrático (LDP) do Japão encontra-se em meio a um cenário tumultuado, enfrentando um escândalo de arrecadação de fundos que resultou em acusações contra oito membros e na decisão de três grandes facções de se dissolverem.
Os chefes dos tesoureiros das facções de Abe e Nikai foram formalmente acusados de violar a lei de controle de fundos políticos por práticas contábeis falsas. Além disso, um ex-chefe do tesoureiro da facção de Kishida recebeu uma acusação sumária, indicando que os promotores solicitaram a um tribunal sumário que imponha uma multa contra ele.
Yasutada Ohno, membro da Câmara Alta, também foi formalmente acusado, mas não foi detido. Ele é suspeito de não declarar mais de 51 milhões de ienes (aproximadamente 347.000 dólares) em propinas recebidas de sua equipe da facção de Abe por vender ingressos para angariação de fundos além de sua cota atribuída.
Tanigawa Yaichi, outro membro da facção de Abe, recebeu uma acusação sumária por supostamente não relatar mais de 43 milhões de ienes em propinas recebidas por seu escritório.
Esses escândalos levaram as facções de Kishida, Abe e Nikai a anunciarem sua dissolução.
Hiroshi Moriyama, presidente do Conselho Geral do LDP, pediu desculpas pelo escândalo em um discurso no oeste do Japão no sábado, expressando o desejo dos legisladores do LDP de reconquistar a confiança do povo o mais rápido possível.
Quanto à dissolução das três facções, Moriyama se absteve de comentar diretamente, mas afirmou que as decisões devem ser respeitadas, pois foram tomadas voluntariamente.
Quanto à possibilidade de dissolução da facção que lidera, Moriyama destacou que nenhum de seus membros foi acusado. Ele mencionou que os membros desejam discutir o assunto e tomar uma decisão conjunta, observando o acompanhamento do debate dentro do partido sobre como as facções devem ser tratadas.
A atenção também está voltada para possíveis decisões de dissolução das facções de Aso, Motegi e Moriyama.
A reforma política é esperada como o principal tema da próxima sessão ordinária da Dieta, programada para iniciar na sexta-feira.
Os partidos de oposição, intensificando suas críticas ao LDP, defendem a revisão da lei de controle de fundos políticos. Eles trabalham em propostas que pedem a proibição de doações políticas de empresas e organizações, penas mais severas para violações da lei e aprimoramento da transparência em relação aos fundos políticos.
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