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Maduro dobra a aposta e envia mais de 5 mil tropas para a fronteira com a Guiana

Nicolás Maduro denuncia "provocação" do Reino Unido e ordena exercício militar nas Caraíbas Orientais.

Caracas, Venezuela – 31 de dezembro de 2023 – O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (28), a mobilização de aproximadamente 5.600 militares em um exercício na zona fronteiriça da Guiana. Essa ação é uma resposta direta à presença de um navio de guerra britânico, o HMS Trent, na Guiana, o que Maduro considera uma “provocação” ao seu país.

Em um discurso transmitido pela rádio e televisão, Maduro ordenou a “ativação de uma ação de todas as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas” nas Caraíbas Orientais. Ele enfatizou que essa ação conjunta tem uma natureza defensiva e é uma resposta à “provocação e ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania do nosso país”.

O navio britânico HMS Trent chegou à Guiana nesta sexta-feira (29), onde participará de exercícios militares em águas guianenses por menos de uma semana. Essa movimentação aumentou as tensões na região, especialmente desde o referendo na Venezuela, sobre a anexação de Essequibo, em 3 de dezembro.

A primeira fase dos exercícios militares anunciados por Maduro envolverá 5.682 militares venezuelanos, além de aviões de guerra F-16 e Sukhoi. O HMS Trent, que geralmente navega no Mar Mediterrâneo, foi enviado para a região do Caribe no início de dezembro para auxiliar no combate ao tráfico de drogas.

A tensão na área se intensificou nas últimas semanas, especialmente desde o referendo na Venezuela. O território de Essequibo, representa cerca de dois terços da área terrestre da Guiana e possui vastos recursos naturais, incluindo petróleo.

O governo venezuelano criticou fortemente a chegada do navio britânico, classificando-a como “um ato de provocação hostil”. Caracas insta as autoridades guianenses a retirarem imediatamente o HMS Trent e a se absterem de envolver mais potências militares na disputa territorial.

Maduro considera essa movimentação britânica uma “quebra do espírito de diálogo, diplomacia e paz dos acordos”. O confronto sobre a fronteira entre Venezuela e Guiana permanece, com ambos os países mantendo posições divergentes, apesar de uma cúpula realizada em 15 de dezembro para evitar o uso da força.

SourceRPT

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