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Exército de Myanmar acusado de usar munição de fragmentação

A organização internacional de direitos humanos Amnesty International acusa o exército de Myanmar de utilizar munições de fragmentação contra grupos étnicos minoritários, pedindo uma investigação internacional. A escalada dos combates desde o golpe de 2021 tem levado a ataques indiscriminados contra civis.

Yangon, Myanmar – 23 de dezembro de 2023 – A Amnesty International, organização internacional de direitos humanos, acusou o exército de Myanmar de utilizar munições de fragmentação em ataques indiscriminados contra grupos étnicos minoritários. A denúncia, divulgada na quinta-feira (21), destaca a preocupação crescente da comunidade internacional em relação às ações do exército birmanês desde o golpe de 2021.

A organização mencionou um ataque aéreo noturno realizado pela junta militar em dezembro no norte do estado de Shan. A Amnesty International afirma que é provável que munições de fragmentação tenham sido usadas nesse ataque. Um vídeo divulgado pela organização mostra uma série de detonações, e um grupo étnico armado relatou que o ataque resultou na morte de um civil e ferimentos em cinco pessoas.

Os confrontos entre o exército e grupos étnicos armados se intensificaram desde outubro, quando três desses grupos lançaram um ataque coordenado contra a junta. Relatórios da ONU indicam que mais de 300 civis foram mortos desde então.

É importante ressaltar que o uso de munições de fragmentação é proibido por convenções internacionais devido aos riscos que representam para civis. No entanto, Myanmar não assinou tal acordo. A crescente preocupação internacional está centrada no uso dessas armas letais pelo exército birmanês. A Amnesty International insta a comunidade internacional a realizar uma investigação imparcial sobre essas alegações sérias.

SourceNHK

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