Tóquio, Japão – 21 de dezembro de 2023 – Documentos históricos recém-revelados oferecem insights sobre os bastidores diplomáticos do Japão em 1992, destacando as prioridades do Ministério das Relações Exteriores em relação à visita do Imperador à China naquela época.
Na ocasião, Owada Hisashi, então vice-ministro das Relações Exteriores do Japão, aconselhou o Primeiro-Ministro Miyazawa Kiichi a não superestimar a importância da visita. O comentário sugere que o ministério estava ansioso para que a visita se concretizasse, apesar de preocupações sobre uma possível postura mais rigorosa da China em relação ao Japão.
Em abril de 1992, Miyazawa expressou a um embaixador japonês na China seu desejo de que a visita não causasse divisões entre os membros do Partido Liberal Democrático (LDP) e o público.
Os ministros das Relações Exteriores do Japão e da China então se encontraram secretamente em Tóquio e concordaram em preparar o terreno para a visita. Os documentos indicam que diplomatas japoneses trabalharam para amenizar a oposição à visita entre os legisladores do LDP.
O Professor Shiroyama Hidemi, especialista em relações diplomáticas entre Japão e China da Universidade de Hokkaido, comenta: “O registro sugere que os funcionários do Ministério das Relações Exteriores estavam mais preocupados com a possibilidade de que o plano de ter o Imperador visitar a China fosse prejudicado do que protestar contra a China. Sua postura era frágil. Parece que deram prioridade à visita Imperial.”
Apesar desses eventos históricos, a posição do governo japonês em relação às Ilhas Senkaku permanece inalterada. O governo afirma que as ilhas são uma parte inerente do território japonês, tanto em termos históricos quanto de direito internacional, e que não há questão de soberania a ser resolvida sobre elas.
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