Washington, D.C., EUA – 22 de dezembro de 2023 – Pela primeira vez desde julho de 2022, altos oficiais militares dos Estados Unidos e China retomaram o diálogo em uma videoconferência histórica. O General Charles Q. Brown, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA, e o General Liu Zhenli do Exército de Libertação do Povo Chinês discutiram a importância de “gerenciar responsavelmente a competição” entre as duas potências.
O encontro ocorreu após o acordo entre o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o Presidente Chinês, Xi Jinping, no mês passado, durante reuniões na Califórnia. Na ocasião, ambos concordaram que suas forças militares precisam se comunicar para evitar “mal-entendidos”. Biden alertou Xi sobre a necessidade de precaução para evitar “entrar em conflito”, marcando o primeiro encontro presencial entre os líderes em cerca de um ano.
As negociações entre oficiais militares foram suspensas após a visita da então Presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a Taiwan, o que desagradou os líderes chineses.
Oficiais de defesa dos EUA expressaram repetidas preocupações sobre a falta de comunicação, citando comportamentos chineses “provocativos e arriscados” e interceptações “coercitivas” e “agressivas” de aeronaves americanas. Por outro lado, a China alega que os EUA devem parar de criar tensões no Estreito de Taiwan.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Wang Wenbin, afirmou em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira que os EUA devem tomar medidas concretas para honrar sua declaração de “não apoiar a independência de Taiwan”. Ele acrescentou que os EUA devem “parar de armar Taiwan e apoiar a reunificação pacífica da China.”
As críticas chinesas aumentaram após a decisão dos EUA na semana passada de vender equipamentos militares a Taiwan no valor de 300 milhões de dólares.
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