O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, partirá para os Estados Unidos nesta quarta-feira (15), para participar da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em São Francisco. Ele também planeja se reunir com o presidente chinês Xi Jinping nos bastidores do encontro.
A cúpula terá como tema “Criando um futuro resiliente e sustentável para todos”.
Kishida planeja enfatizar a necessidade de transição energética para realizar uma sociedade neutra em carbono, bem como a importância de promover comércio e investimento justos e transparentes.
Ele também deve aumentar a conscientização sobre o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia na economia global e pedir que os países participantes cooperem para melhorar a situação.
O primeiro-ministro está tomando as providências finais para manter conversações com o presidente chinês já na quinta-feira (16). Se os dois líderes se encontrarem para conversar, será a primeira vez em cerca de um ano.
Kishida pretende transmitir os pontos de vista do Japão sobre questões bilaterais pendentes, como a suspensão pela China das importações de frutos do mar japoneses após a liberação no mar de água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está com problemas.
A água acumulada na usina é tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
Antes de a água tratada ser liberada no mar, ela é diluída para reduzir o trítio a cerca de um sétimo do nível de orientação estabelecido pela Organização Mundial da Saúde para a água potável.
Ele também planeja expressar a posição de Tóquio sobre as Ilhas Senkaku no Mar da China Oriental. O Japão controla as ilhas. O governo japonês afirma que elas são uma parte inerente do territóriodo país. A China e Taiwan as reivindicam.
Outros assuntos de interesse que Kishida provavelmente abordará incluem a detenção de cidadãos japoneses pelas autoridades chinesas.
Ao mesmo tempo, Kishida espera confirmar que o Japão e a China cooperarão em desafios compartilhados e manterão a comunicação de forma orientada para o futuro, com o objetivo de construir uma relação bilateral construtiva e estável.
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