Os líderes do Japão e da China reconfirmaram sua posição de promover um relacionamento estratégico mutuamente benéfico e manter as comunicações para uma nova era de laços bilaterais.
O primeiro-ministro do Japão, Kishida Fumio, e o presidente chinês, Xi Jinping, reuniram-se por cerca de uma hora em São Francisco na quinta-feira. Eles conversaram pessoalmente pela primeira vez desde novembro do ano passado.
Xi disse que a coexistência pacífica, a amizade, a cooperação mutuamente benéfica e o desenvolvimento comum são a direção certa que está de acordo com os interesses dos povos da China e do Japão. Ele disse que ambos os países devem entender a tendência geral da história e os tempos para gerenciar as diferenças de opiniões de forma adequada.
Kishida disse que a comunidade internacional enfrenta um ponto de virada histórico no qual a parceria e a discórdia estão complexamente entrelaçadas. Ele disse que o Japão e a China têm a responsabilidade de contribuir para a paz e a prosperidade globais como líderes da região e da comunidade internacional.
Os dois líderes reafirmaram a importância de manter os princípios dos quatro documentos políticos que os dois países trocaram no passado.
Kishida e Xi concordaram que os dois países manterão uma comunicação próxima em todos os níveis, incluindo a liderança, para construir uma relação bilateral construtiva e estável.
Eles concordaram em realizar conversações econômicas de alto nível em um momento apropriado sobre a economia verde, assistência médica e cuidados com a saúde.
Kishida também transmitiu a preocupação do Japão com as atividades marítimas da China no Mar da China Oriental, incluindo as áreas próximas às Ilhas Senkaku na Prefeitura de Okinawa.
Ele solicitou a remoção imediata de uma boia chinesa que foi colocada na zona econômica exclusiva do Japão perto das ilhas. O Japão controla as ilhas. O governo japonês afirma que as ilhas são uma parte inerente do território japonês. A China e Taiwan as reivindicam.
Kishida também pediu a libertação dos cidadãos japoneses detidos na China por supostas atividades de espionagem.
O primeiro-ministro solicitou à China que retomasse imediatamente as importações japonesas de frutos do mar. A China suspendeu as importações depois que o Japão começou a liberar no oceano a água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi, que está com problemas.
A água usada para resfriar o combustível derretido tem se misturado à chuva e à água subterrânea. A água acumulada está sendo tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.
Antes de liberar a água no oceano, o operador da usina a dilui para reduzir os níveis de trítio para cerca de um sétimo do nível de orientação da Organização Mundial da Saúde para água potável.
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