Israel e Hamas confrontam-se por túnel sob hospital na Faixa de Gaza

Tel-Aviv, Israel, 21 de novembro de 2023 – As tensões entre Israel e Hamas aumentaram devido a alegações contraditórias sobre a existência de um túnel sob o Hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, enquanto ataques a hospitais na região persistem. As autoridades de saúde em Gaza relataram que os ataques israelenses ao Hospital Indonésio, no norte de Gaza, resultaram na morte de 12 pessoas e ferimentos em dezenas no domingo (19).

O canal de TV via satélite Al Jazeera, sediado no Catar, financiadora do do grupo terrorista, informou que havia vários milhares de pessoas no hospital, incluindo funcionários, pacientes e aqueles que buscavam abrigo. O canal também alegou que o hospital foi alvo sem aviso prévio, somente por ser o centro de comando do Hamas.

No domingo (19), as Forças Armadas de Israel divulgaram um vídeo do que descreveram como um túnel do Hamas no complexo do Hospital Al-Shifa. O túnel, segundo Israel, tem 10 metros de profundidade e 55 metros de comprimento. O país afirma que as descobertas provam claramente que vários edifícios no complexo hospitalar são usados pelo Hamas como cobertura para infraestrutura e atividades terroristas.

Além disso, Israel divulgou um vídeo, alegadamente gravado em 7 de outubro no Hospital Al-Shifa, mostrando reféns sequestrados do território israelense. O exército israelense afirma que as imagens provam que o Hamas utiliza o hospital como “infraestrutura terrorista.”

Em resposta, o Hamas publicou uma declaração nas redes sociais negando a existência do túnel em Al-Shifa, chamando a alegação de um plano para encobrir a mentira de que o grupo usa o hospital como centro de comando.

O grupo também contesta a afirmação de Israel de que mantém reféns no hospital, classificando-a como uma mentira para encobrir falhas nas operações militares do país.

Na segunda-feira (20), o Hamas emitiu uma declaração sobre o sequestro de um navio de carga no Mar Vermelho próximo ao Iêmen pelo grupo terrorista Houthi no país. O Hamas acolheu e elogiou o sequestro, alegando que irmãos muçulmanos agiram em busca de uma vitória em Gaza.