Washington – 27 de novembro de 2023 – Uma importante publicação dos Estados Unidos noticiou na sexta-feira (24), que “executivos de empresas russas e chinesas com laços governamentais realizaram discussões sobre planos para construir um túnel subaquático conectando a Rússia à Crimeia.” A Rússia anexou unilateralmente a região sul da Ucrânia em 2014.
O artigo do The Washington Post, citando comunicações interceptadas pelos serviços de segurança da Ucrânia, revelou que os executivos abordaram a ideia devido a “preocupações crescentes da Rússia sobre a segurança” da ponte atual entre a Rússia e a Crimeia, danificada por ataques ucranianos no ano passado.
Atualmente, Rússia e Crimeia são conectadas por uma ponte construída por Moscou em 2018, que se tornou uma linha logística crucial para as forças russas envolvidas na invasão da Ucrânia. No entanto, a ponte sofreu danos em outubro do ano passado e em julho deste ano devido a ataques ucranianos.
O artigo do Washington Post destaca que, embora a construção do túnel seja “tecnicamente viável”, o custo estimado seria superior a 8,7 bilhões de dólares. Além disso, o projeto representaria riscos políticos e financeiros para a China, cujas empresas poderiam ficar sujeitas a sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia a Moscou.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, negou o relatório, conforme informou a agência de notícias estatal russa.
O chefe do Serviço de Segurança da Ucrânia, Vasyl Maliuk, indicou, em um documentário televisionado, na sexta-feira (24), que a ponte ainda não está totalmente funcional como rota logística, forçando a Rússia a entregar armas, principalmente, por balsa. Maliuk também sugeriu que mais ataques à ponte estão planejados, afirmando: “Muitas surpresas estão por vir, e não apenas para a ponte.”
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