No tribunal de Kyoto, promotores e advogados do réu acusado de provocar um incêndio na Kyoto Animation, resultando na morte de 36 pessoas, apresentaram detalhes sobre a competência mental do acusado. Aoba Shinji enfrenta acusações de assassinato e incêndio criminoso, tendo provocado um incêndio em julho de 2019, onde outras 32 pessoas ficaram feridas.
Promotores públicos reiteraram na segunda-feira (6), que Aoba possuía competência mental suficiente para ser plenamente responsável pelo incidente. Enquanto isso, os advogados de defesa de Aoba entraram com uma alegação de inocência devido à condição mental do réu. As alegações foram feitas durante o julgamento de Aoba no Tribunal Distrital de Kyoto.
De acordo com os promotores, o réu agiu por conta própria para executar seu plano, compreendendo que se tratava de um crime. Eles observaram que ele hesitou no último momento antes de iniciar o incêndio criminoso.
Afirmaram que os assassinatos foram cometidos porque a vida do réu não seguiu o rumo que ele desejava, incluindo a rejeição de seu romance pelo estúdio atacado. Alegam que o réu entrou em um padrão de agressão contra outros.
Os promotores afirmaram que os delírios de Aoba na época do crime tiveram apenas um efeito limitado sobre ele.
Alguns membros das famílias enlutadas e advogados também estiveram presentes no tribunal. Alegaram que o réu é extremamente egocêntrico, preocupando-se apenas com seu romance e não com as vidas das 36 vítimas. Também disseram que não se pode afirmar que o delírio que ele teve no momento do crime influenciou suas ações.
No tribunal, Aoba ouviu as alegações e observou aqueles que testemunhavam, por vezes fechando os olhos.
Os advogados do réu argumentaram que Aoba sofria de um sério transtorno delirante no momento do crime. Alegaram que a rejeição de seu romance não foi a única causa do crime. Defendem que foram suas experiências e raiva no delírio ao longo de mais de 10 anos que o fizeram perder a capacidade de discernir o certo do errado, além de controlar seu próprio comportamento. Argumentaram que ele era mentalmente incompetente.
Os juízes e jurados devem discutir a portas fechadas se o réu era mentalmente competente.
A decisão do tribunal está programada para 25 de janeiro.
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