A tensão em Myanmar atinge um novo patamar com ataques de forças étnicas no leste do país. O presidente interino nomeado pelos militares, Myint Swe, faz um alerta contundente, destacando o iminente risco de divisão do país.
Os confrontos têm persistido em Myanmar desde o golpe militar de 2021, com embates entre os militares e forças armadas pró-democracia. Em outubro, três forças étnicas lançaram uma ofensiva significativa no estado oriental de Shan, assumindo o controle de aproximadamente 150 postos, incluindo instalações militares, até a última quarta-feira (8).
Na quinta-feira (9), a mídia estatal informou que o general de mais alto escalão, Min Aung Hlaing, e altos funcionários militares realizaram uma reunião na capital Naypyitaw no dia anterior.
Durante a reunião, Myint Swe alertou que o país corre o risco de se desintegrar se medidas eficazes não forem tomadas pelos militares. Os confrontos mais recentes ocorreram em áreas próximas à fronteira com a China.
Segundo a ONU, até 30 de outubro, centenas de pessoas buscaram refúgio na China em meio à escalada da violência. A comunidade internacional observa com preocupação a deterioração da situação em Myanmar e os possíveis desdobramentos dessa crise política e humanitária em curso.
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