Tel Aviv, 20 de novembro de 2023 – Há 40 dias, desde o ataque brutal do grupo terrorista Hamas em Israel em 7 de outubro, o brasileiro Michel Nisenbaum, de 59 anos, permanece desaparecido. O ataque, que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de mais de 200, deixou famílias em todo o mundo em angústia, buscando informações sobre seus entes queridos. Nisenbaum é um dos reféns desse trágico episódio.
O último contato de Michel Nisenbaum com a família ocorreu em 7 de outubro, quando ele estava na cidade de Sderot, perto da Faixa de Gaza. Como não houve comunicação de sua morte, a família acredita que ele seja um dos reféns. A Interpol comunicou oficialmente o desaparecimento ao Itamaraty em 22 de outubro.
Michel Nisenbaum é pai de duas filhas, Michal Ben David e Hen Mahluf, e avô de cinco netos. Sua mãe, Sulmira, de 86 anos, e sua irmã, Mary Shohat, de 66 anos, também moram em Israel. Nascido em Niterói (RJ) em 1964, Michel imigrou para Israel em 1976, levado pela irmã. Atualmente, ele possui dupla nacionalidade: brasileira e israelense.
Em entrevista, a irmã de Nisenbaum, residente em Beer Sheva, relatou o sofrimento da família com o desaparecimento. A última comunicação ocorreu em 5 de outubro, e a notícia do ataque, na manhã de 7 de outubro, foi um “choque devastador”. A família teve conhecimento apenas do carro que Nisenbaum dirigia, encontrado totalmente queimado.
Nisenbaum, que concluiu recentemente um curso de guia de turismo, sonhava em mostrar Israel a brasileiros, latinos e israelenses. Mary enfatizou que seu irmão é conhecido por sua generosidade e disposição em ajudar. Uma ONG israelense que auxilia famílias de desaparecidos informou que Nisenbaum trabalhava em diversas áreas, como motorista, entregador, vendedor e prestador de serviços de informática. Ele também era voluntário na Rescue Union, atuando como motorista de ambulância e guia de grupos em trilhas.
Enquanto a família busca respostas, a incerteza sobre o paradeiro de Michel Nisenbaum destaca a angústia das vítimas desse ataque, trazendo à tona a necessidade de esforços coordenados para localizar e garantir a segurança dos reféns.
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