O Primeiro-Ministro japonês, Kishida Fumio, afirmou que considera a decisão do Ministério da Educação e Cultura de buscar uma ordem judicial para dissolver o grupo religioso anteriormente conhecido como Igreja da Unificação como um julgamento baseado em fatos objetivos.
Autoridades do Ministério vinham investigando a gestão do grupo e como ele arrecadava grandes doações de seus seguidores. Com base em sua pesquisa, o Ministério concluiu que as ações do grupo eram ilegais e causavam danos significativos ao bem-estar público.
Kishida teve uma reunião com o Ministro da Educação e Cultura, Moriyama Masahito, na quinta-feira (12). Moriyama informou a Kishida que o Ministério tomou oficialmente a decisão após uma discussão no painel consultivo do Ministério sobre corporações religiosas.
Kishida posteriormente disse aos repórteres que ele acredita que o Ministério seguiu os procedimentos estabelecidos na Lei sobre Corporações Religiosas e fez um julgamento rigoroso baseado em fatos objetivos.
Quando questionado se a decisão foi tomada por motivos políticos antes das eleições suplementares para a Câmara Alta e Baixa e uma sessão extraordinária da Dieta, Kishida respondeu que o Ministro da Educação e Cultura tomou a decisão após obter evidências concretas por meio de vários esforços de coleta de informações. O Primeiro-Ministro também afirmou que foi informado de que um trabalho cuidadoso e detalhado era necessário, levando em consideração os sentimentos de cada vítima que sofreu danos causados pelo grupo.
Kishida foi questionado se os legisladores de seu Partido Liberal Democrático podem romper seus laços com o grupo.
O Primeiro-Ministro disse que o código de governança revisado do LDP estipula a política de que seus legisladores devem evitar ser mal-entendidos como promotores das atividades do grupo. Ele afirmou que reconhece que os legisladores do LDP romperam seus laços com o grupo de acordo com essa política.
Os partidos de oposição, Partido Democrático Constitucional e Partido de Inovação do Japão Nippon Ishin, indicaram que apresentarão à sessão extraordinária da Dieta um projeto de lei para assegurar os ativos do grupo, a fim de utilizá-los em benefício das vítimas.
Kishida afirmou que observará de perto a evolução dessa situação.
Após a reunião com Kishida, o Ministro da Educação e Cultura, Moriyama, informou que planeja solicitar a ordem judicial o mais cedo possível, após consultar o Ministério da Justiça.
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