Jornalista Australiana Detida na China por Três Anos é Liberada e Retorna para Casa

Na quarta-feira (11), uma jornalista australiana que estava detida na China por três anos retornou ao seu país de origem após sua libertação. Observadores afirmam que esse movimento indica uma possível melhora nas relações entre os dois países.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, anunciou em uma coletiva de imprensa em Melbourne na quarta-feira que Cheng Lei havia sido libertada e retornou ao seu lar naquela manhã.

O governo australiano havia solicitado repetidamente a libertação da âncora da emissora estatal chinesa CGTN desde sua detenção em agosto de 2020 sob a acusação de fornecer ilegalmente segredos de Estado para o exterior.

Albanese afirmou que o governo vinha buscando a libertação de Cheng Lei desde sua detenção e que seu retorno será “calorosamente recebido, não apenas por sua família e amigos, mas por todos os australianos.”

Quanto ao motivo de sua libertação, o primeiro-ministro disse que ela foi liberada após a “conclusão dos processos legais na China.”

Uma foto publicada pelo departamento de relações exteriores da Austrália mostra Cheng e a ministra de Relações Exteriores, Penny Wong, se abraçando.

As relações entre os dois países pioraram em 2020 devido ao pedido da Austrália por uma investigação independente sobre as origens do coronavírus. O governo de Albanese, que assumiu o poder em maio do ano passado, tem trabalhado para melhorar os laços bilaterais.

O primeiro-ministro planeja visitar a China ainda este ano para se encontrar com o presidente Xi Jinping.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, informou aos repórteres na quarta-feira que Cheng foi deportada de acordo com a lei após cumprir sua pena.

Wang afirmou que as autoridades judiciais chinesas conduziram o caso de acordo com a lei e que os direitos de Cheng foram protegidos, incluindo o direito de se encontrar com funcionários consulares.