Os eleitores australianos rejeitaram uma proposta de referendo que buscava dar mais reconhecimento aos povos indígenas. A proposta incluía a criação de um novo órgão consultivo que, segundo seus defensores, ajudaria a refletir as vozes dos povos indígenas nas políticas nacionais.
Até a década de 1970, os povos indígenas na Austrália eram abertamente discriminados. Eles ainda têm renda domiciliar mais baixa, níveis educacionais inferiores e expectativa de vida mais curta em comparação com outros no país.
O referendo perguntou aos eleitores se a Constituição deveria ser revisada para permitir o estabelecimento de um novo órgão consultivo para refletir as vozes indígenas. Também perguntou se a Constituição deveria declarar claramente que os povos indígenas são os Primeiros Povos da Austrália.
O comitê eleitoral anunciou que a proposta foi rejeitada por maioria dos votos. Cerca de 40% eram a favor da proposta e 60% eram contrários.
Pesquisas de opinião no início deste ano indicavam que os votos “Sim” superavam os votos “Não”.
Alguns críticos afirmaram que o poder do novo órgão não havia sido claramente definido. Outros disseram que dar tratamento preferencial aos povos indígenas dividiria a nação.
O referendo estava entre as prioridades do Primeiro-Ministro, Anthony Albanese. Ele reconheceu que não era o resultado que esperava, mas respeitou a decisão dos eleitores. Ele expressou a esperança de que uma nova geração de líderes indígenas surgirá por meio de discussões revitalizadas pelo referendo.
A Austrália se orgulha de ser um país multicultural, mas o referendo divisivo destacou as dificuldades na resolução de questões indígenas.
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