Companhias Aéreas Cancelam Voos para Tel Aviv Enquanto Israelenses no Exterior Tentam Voltar para Casa

Atualizado em 9 de outubro de 2023, 18h00 – Dezenas de voos de e para Tel Aviv foram cancelados por grandes companhias aéreas no sábado e domingo, após o grupo terrorista palestino Hamas lançar um ataque em grande escala, deixando turistas em Israel presos e israelenses no exterior tentando encontrar uma maneira de voltar para casa.

American Airlines, Air France, Lufthansa, Emirates e Ryanair foram algumas das companhias que suspenderam voos para o Aeroporto Ben Gurion de Tel Aviv.

No entanto, as autoridades do aeroporto não interromperam as ligações aéreas comerciais com o segundo aeroporto internacional de Israel em Eilat, um destino turístico no Mar Vermelho.

A companhia aérea israelense El Al disse no domingo (8), que estava mantendo seus voos para Tel Aviv por enquanto, embora alguns voos operados por parceiros estrangeiros tenham sido cancelados.

“Podemos cancelar voos para lugares onde não temos muitos israelenses para ajudar outros israelenses em outros lugares”, disse uma porta-voz à AFP.

Em comunicado, a El Al acrescentou que estava operando “de acordo com as instruções das forças de segurança israelenses”, com todos os voos agora partindo apenas do Terminal 3 no aeroporto Ben Gurion.

Como a maioria das outras companhias aéreas, ela disse que os clientes poderiam alterar seus bilhetes sem custos adicionais.

No entanto, israelenses que tentam retornar para casa expressaram sua frustração com os atrasos ou cancelamentos de seus voos. As companhias aéreas Israir e Arkia organizaram voos de resgate para trazer israelenses de volta do exterior.

Ofir Fahima, cujo sogro está desaparecido desde o ataque surpresa no sul de Israel no sábado, disse ao site Walla que ele e sua esposa voaram de Istambul para Atenas para retornar em um voo de resgate da Arkia para Israel.

“O voo continuou sendo adiado”, disse ele, afirmando que uma tripulação estrangeira que chegou estava relutante em levá-los para Israel. “O avião está vazio e estamos presos no ônibus na pista ao lado do avião”.

No Aeroporto Internacional JFK, passageiros israelenses estavam calmos e concentrados em seus celulares em busca das últimas notícias sobre a guerra, enquanto aguardavam um voo da El Al para Tel Aviv.

Albert, 22 anos, um soldado de Tel Aviv de licença de um mês para visitar a família em Seattle, estava voltando para casa com sua namorada Meital.

“Eu tenho que voltar. Preciso voltar para o serviço”, disse ele.

Um porta-voz da Lufthansa no sábado citou a “situação de segurança atual” para informar que estava cancelando todos os voos de e para Tel Aviv “até segunda-feira, pelo menos”, acrescentando que estava monitorando a situação de segurança em Israel.

A Brussels Airlines, parte do grupo Lufthansa, também cancelou seus voos para Tel Aviv.

A Air France disse que suspendeu os voos para Tel Aviv “até novo aviso”, e a companhia de baixo custo Transavia, do grupo Air France-KLM, disse que estava cancelando todos os voos de Paris e Lyon para Tel Aviv até segunda-feira.

A companhia aérea espanhola Iberia anunciou que sua subsidiária de baixo custo, Iberia Express, estava cancelando seus voos para Tel Aviv.

A ITA Airways, transportadora de bandeira da Itália, cancelou seus voos até domingo de manhã, no mínimo, “para proteger a segurança dos passageiros e da tripulação”, enquanto a transportadora polonesa LOT também cancelou seus voos da capital polonesa no sábado.

Outras companhias aéreas que suspenderam voos incluem Aegean, Swiss, Austrian Airlines, Wizz Air e Air Canada.

Os atrasos nos voos ocorrem em meio aos combates em andamento entre as forças israelenses e terroristas do Hamas dentro de Israel. No sábado, centenas de combatentes do Hamas infiltraram o país em um ataque sem precedentes às comunidades do sul, matando mais de 600 pessoas. Mísseis também foram lançados em direção a áreas próximas a Tel Aviv, incluindo algumas perto do aeroporto.

No domingo de manhã, mais de 24 horas após o início do ataque coordenado, as forças de segurança israelenses ainda estavam lutando para eliminar células terroristas enraizadas em comunidades devastadas.