O Canadá e a China estão no centro de uma controvérsia de acusações mútuas em relação a um incidente envolvendo suas aeronaves militares. De acordo com relatos da mídia canadense, o incidente ocorreu sobre águas internacionais ao largo da costa chinesa, enquanto o Ministério das Relações Exteriores chinês afirma que se deu sobre as Ilhas Senkaku, no Mar da China Oriental.
Segundo a mídia canadense, um caça chinês se aproximou a apenas 5 metros de um avião de vigilância canadense, que participava de uma operação das Nações Unidas para fazer cumprir sanções contra a Coreia do Norte na segunda-feira (16).
O ministro da Defesa do Canadá, Bill Blair, foi citado pela Reuters afirmando que o comportamento do caça chinês foi perigoso, imprudente e inaceitável.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, informou aos repórteres na terça-feira (17), que o avião de vigilância invadiu o espaço aéreo chinês e violou sua soberania. Mao afirmou que Pequim apresentou uma reclamação oficial a Ottawa.
Ela também criticou o Canadá por conduzir, frequentemente, missões de reconhecimento e provocar a China sob o pretexto de implementar resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
As Ilhas Senkaku são controladas pelo Japão, mas tanto a China quanto Taiwan reivindicam sua soberania. O governo japonês mantém que as ilhas são uma parte inerente do território do país, com base na história e no direito internacional, e afirma que não há questão de soberania a ser resolvida em relação a elas.
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