Trabalhadores do setor automotivo dos EUA estendem as greves

Os trabalhadores das três grandes montadoras americanas paralisaram suas atividades há uma semana, mas ainda não chegaram a um acordo com seus empregadores. Assim, na sexta-feira (22), eles estenderam sua greve.

Os trabalhadores da Ford, da General Motors e da empresa controladora da Chrysler, a Stellantis, sofreram com a inflação, que afetou bastante seus salários. Eles também estão preocupados que a mudança para veículos elétricos acabe custando seus empregos. Isso os levou a pedir contratos melhores, incluindo aumentos salariais.

Um homem em greve, em Detroit, disse: “Nós definitivamente sentimos o impacto”.

Outro homem disse: “Só queremos ser felizes e ganhar um salário digno como qualquer outra pessoa”.

O sindicato “United Auto Workers” pediu um aumento salarial de 40% em quatro anos. No entanto, as montadoras ofereceram apenas cerca de metade desse valor. Assim, o sindicato cumpriu uma promessa anterior e convocou mais trabalhadores para participar da greve. As paralisações cresceram de apenas três instalações para um total de 41 em todo o país.

Shawn Fain, presidente do UAW, disse: “As empresas sabem como fazer isso direito. O público está do nosso lado, e os membros do UAW estão prontos para se levantar”.

Os americanos assistiram ao aumento da remuneração dos executivos e dos lucros das empresas, enquanto os trabalhadores lutam para sobreviver. Isso levou a uma onda de greves em uma variedade de setores nos últimos anos. Alguns especialistas dizem que isso se tornou um novo movimento de capacitação.

Kate Bronfenbrenner, diretora de pesquisa de educação trabalhista da Universidade de Cornell, disse: “Quando os empregados veem outros trabalhadores fazendo greve ou se organizando, eles percebem que, apesar da oposição do empregador, apesar do clima econômico, é possível vencer”.

Bronfenbrenner acrescentou esperar que a tendência continue, embora os trabalhadores enfrentem riscos quando decidem sair do emprego.