O primeiro-ministro das Ilhas Salomão criticou a decisão do Japão de despejar água tratada e diluída da usina nuclear de Fukushima Daiichi no oceano e pediu que Tóquio parasse.
Manasseh Sogavare fez a declaração na Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na sexta-feira (22).
Em seu discurso, Sogavare disse que as Ilhas Salomão estão “chocadas” com a decisão do Japão.
Ele acrescentou que “o relatório de avaliação da AIEA é inconclusivo e que os dados científicos compartilhados permanecem inadequados, incompletos e tendenciosos”.
Sogavare disse: “Se essa água residual nuclear for segura, ela deveria ser armazenada no Japão. O fato de ser despejada no oceano mostra que não é segura”.
A representante permanente adjunta do Japão na ONU, Shino Mitsuko, rejeitou as alegações.
Ela disse que o governo japonês sempre forneceu explicações detalhadas e com base científica sobre o assunto para a comunidade internacional.
Ela disse que o governo japonês nunca permitiu que a descarga da água colocasse em risco a saúde humana e o ambiente marinho.
As Ilhas Salomão cortaram relações com Taiwan e estabeleceram relações diplomáticas com a China em 2019, e assinaram um pacto de segurança com Pequim no ano passado.
Em seu discurso, Sogavare fez referência à sua reunião com o presidente chinês Xi Jinping em julho e elogiou a Iniciativa “Belt and Road” de Pequim.
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