As forças ucranianas estão intensificando sua ofensiva nas últimas semanas. O foco é a Crimeia, que a Rússia anexou unilateralmente há nove anos. A NHK perguntou a um alto funcionário do governo ucraniano por que suas forças estão concentrando seus esforços na península.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse na sexta-feira (22), que as forças do país haviam atingido com sucesso a sede da Frota Russa do Mar Negro.
Acredita-se que a Ucrânia esteja organizando mais ataques no sábado. A mídia do país relatou um incêndio perto de uma instalação da frota naval.
Um grupo de estudos dos EUA divulgou um mapa mostrando alvos na Crimeia, atingidos pela Ucrânia nos últimos três meses.
Um ataque em 13 de setembro teria danificado um submarino e um navio de desembarque que estavam passando por reparos em Sevastopol.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse, no início deste mês, que havia retomado o controle das plataformas de perfuração de gás no Mar Negro. As instalações foram equipadas com radares de rastreamento de navios usados pela Rússia para vigilância militar.
Desde que a Rússia anexou a região em 2014, a Crimeia tem servido como um centro estratégico para o país como o porto de entrada da Frota do Mar Negro. Também é conhecida como uma área que tem valor simbólico para o presidente Vladimir Putin.
O conselheiro presidencial da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, disse à NHK que 80% dos suprimentos para as unidades da linha de frente russa são entregues através da Crimeia.
Podolyak disse que os ataques à região têm três objetivos. Um deles é destruir as defesas aéreas russas. Outro é cortar as rotas de suprimento da Rússia e o terceiro é recapturar o controle sobre o Mar Negro, que é vital para as remessas agrícolas ucranianas. Podolyak disse: “A Rússia, sem dúvida, enfrentará sérios problemas políticos no país se a libertação da Crimeia começar”.
A Rússia pode considerar a recente tentativa da Ucrânia de recapturar a Crimeia como uma linha vermelha. Em março, o assessor próximo de Putin mencionou a possibilidade de usar armas nucleares, aparentemente para advertir a Ucrânia contra o lançamento de uma grande ofensiva para retomar a península.
Mas a autoridade sênior ucraniana enfatizou que os ataques à Crimeia continuarão.
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