Renato Torres é cantor, compositor, poeta, ator, instrumentista, arranjador, diretor e produtor musical. Ele está trabalhando no projeto de seu segundo álbum solo “Canto de Asa” (a ser lançado pelo selo mineiro Quae) em 2023. Em breve o primeiro single desse trabalho, estará disponível nas plataformas.
“Canto de Asa” chega pra reconfirmar minha profissão de fé na música e na poesia: cantar é um salto que pode te levar à queda e ao voo – e por vezes, ambos podem significar a mesma coisa. “Cantar é saber se encontrar”, diz uma das canções desse novo álbum, e encontrar-se requer tempo e cicatrizes, e também revisitar as próprias raízes. por isso, começo essa viagem pelo próprio Guamá, bairro onde eu nasci e cresci, e onde fica o Guamundo Home Studio onde o álbum será produzido. A periferia e seus matizes únicos, inconfundíveis, me fizeram ser quem eu sou, e isto está/estará impresso nas imagens de divulgação desse trabalho, brilhantemente captadas por João Urubu, irmão e parceiro desses sonhos insurgentes, e urgentes, mas também pacientes, aguardando o momento, publicou Renato no seu perfil do Facebook. (Créditos da foto acima: João Urubu)
Natural do Belém do Pará, começou a escrever poesia na adolescência, e no final dos anos 1980, inicia carreira musical formando diversas bandas, entre elas a Moonshadow (com a qual gravou a fita-demo “Arte Cínica”, 1995), e Clepsidra (com a qual gravou os álbuns “Bem Musical”, 2004, “Tempo Líquido”, 2006 e “Independente”, 2015).
Já trabalhou com diversos artistas paraenses, como Vital Lima , Juliana Sinimbú, Lu Guedes , Arthur Nogueira , Henry Burnett , Iva Rothe , Aíla, Luê, Arthur Espíndola, Sônia Nascimento, entre outros, em palco e estúdio. Desde 2000, cria trilhas sonoras para teatro e cinema, entre as quais se destaca “Terra à Vista” (Usina de Animação, dirigido por Jeferson Cecim, 2000) – vencedora do prêmio Cena Aberta de melhor sonoplastia em 2001 – e os curtas “Não Era Ela” e “Onde Mora a Saudade” (dirigidos por Fabiana Leite – MG, 2012).
Tem poemas publicados nas coletâneas “Verbos Caninos” (2006), “Antologia
Cromos” vol. 1 (2008), Revista Pitomba (2012), “Antologia Poesia do Brasil” vol.
15 (Grafite, 2012), “Antologia Poesia do Brasil” vol. 17 (Grafite, 2013) “Antologia
Eco Poético” (ICEN, 2014), “O Amor no Terceiro Milênio” (Anome Livros, 2015),
“Metacantos” (Literacidade, 2016) e antologia Jaçanã: poética sobre as águas
(Pará.grafo, 2019). Publica o blog A Página Branca desde 2005.
Fez sua estreia em livro com “Perifeérico” (Ed. Verve, 2014), e inicia a produção de seu primeiro álbum solo, “Vida é Sonho”. No fim de 2014, inaugura o Guamundo Home Studio,
estúdio de gravação e produção musical caseiro, que impulsiona suas produções e a de diversos artistas da cena independente de Belém.
Atua nos projetos cênico- musicais Música Incidental (com o ator violista Armando de Mendonça, PA), Tambor de Dentro (infantil, com a atriz e cantora Ester Sá, PA), Cantos de Encantaria e Brinquedo de Contar (com a atriz e cantora Carol Magno, PA), com a qual integra o Coletivo Mergulho, que montou os espetáculos cênicos “Pele de Terra, Minha Morada” (2016) e “Jurunaldeia” (2019) entre outros, e Pé de Pássaro, um voo entre Belém e Sampa (com a atriz e cantora Isadora Títto, SP), que lançou em 2017 o EP “Voar a Pé”*.
Em 2018, lançou em formato digital o álbum “Dois Caminhos” (Mundiando Music/Guamundo Música), de parcerias com o compositor Henry Burnett, e em 2019 finaliza e lança seu primeiro álbum solo, “Vida é Sonho”* (Guamundo Música). Em 2020, em plena pandemia, lançou em parceria com Isadora Títto a “Revoada Sabiazeiro” com o duo Pé de Pássaro, uma série de seis pocket-shows produzidos à distância para o Youtube da dupla.
Lançou em 2021 o álbum “Cantos de Encantaria” com o Coletivo Mergulho pelo selo
Labdad Music, e em 2022 lança seu segundo livro de poesia “Conheço Palavras Perigosas” (Amo! Editora), os singles “Água” (parceria com o poeta mineiro Djami Sezostre), “Mãinha”, “Canção do Círio” e “Descompassado”, além do álbum “Sabiazeiro” (com o duo Pé de Pássaro).
*Esses lançamentos foram menção honrosa do site Embrulhador, Melhores da
Música Brasileira, do jornalista Ed Félix, em seus respectivos anos.
Créditos das fotos: Rogério Folha
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