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Uma Terra Só apresenta o grande talento Augusto Martins

Voz ele tem de sobra, dessas raras de se encontrar por aí. Timbre grave, amplitude tonal, elegância nas improvisações, o carioca Augusto Martins um soube mixar o suingue das rodas de samba com o classicismo das aulas de canto. Começou no violão, estudou piano e mantém a cadência musical com um acompanhamento pessoal do seu pandeiro. Afinou a garganta com a professora e cultuada cantora Clara Sandroni, além de Ângela Herz, entre outros professores, o que lhe permitiu um olhar multifacetado para o que de melhor sabe fazer: cantar.

Voz ele tem de sobra, dessas raras de se encontrar por aí. Timbre grave, amplitude tonal, elegância nas improvisações, o carioca Augusto Martins um soube mixar o suingue das rodas de samba com o classicismo das aulas de canto. Começou no violão, estudou piano e mantém a cadência musical com um acompanhamento pessoal do seu pandeiro. Afinou a garganta com a professora e cultuada cantora Clara Sandroni, além de Ângela Herz, entre outros professores, o que lhe permitiu um olhar multifacetado para o que de melhor sabe fazer: cantar.

Cantor, compositor e poeta, iniciou a carreira artística cantando em casas noturnas e festivais estudantis no Rio de Janeiro. Em 1997 lançou o primeiro disco “Augusto Martins”, pela gravadora Dabli・Discos, no qual interpretou “Cordas de aço (Cartola), “Mistério da raça” (Luiz Melodia), além de composições de Gonzaguinha, Baden Powell, Dori Caymmi e Chico Buarque, contando com músicos consagrados como Paulo Malaguti, Vittor Santos, Marcelo Bernardes, Luiz Alves, Ovídio Brito e Dirceu Leite.

O CD contou com texto de apresentação de Beth Carvalho. Na divulgação deste trabalho apresentou-se no eixo Rio-São Paulo, além de BH e Brasília, tendo contado com a direção geral de Túlio Feliciano. No Rio: Teatro Rival, Teatro Carlos Gomes, Mistura Fina, Sala Baden Powell, Tetro Café Pequeno, Carioca da Gema, Terraço Rio Sul (Projeto Novo Canto, tendo Leila Pinheiro como madrinha), Estrela da Lapa, Rio Scenariun, Hipódromo Up, Vinicius Piano Bar, Merci, Sala Funarte, Cinematheque, Centro Cultural da Light, entre outros. Em São Paulo esteve no Tom Jazz (ao lado de João Donato), Supremo Musical, SESC Ipiranga (no projeto Antenas do Ipiranga ao lado de João Nogueira), SESC Vila Mariana (lançamento do CD Gema do Novo) e no SESC Pompéia, com a Velha Guarda da Mangueira.

Em 1998 participou do disco “Gema do novo”, da rádio Musical FM de São Paulo, junto com outras revelações como Zeca Baleiro, Bel Veloso, Pedro Mariano e Rita Ribeiro. Neste mesmo ano teve uma faixa incluída no CD “Novo canto”, da rádio JB FM do Rio de Janeiro. Ainda 1998 apresentou-se no “Projeto Novo Canto no Terraço Rio Sul”, tendo como madrinha a cantora Leila Pinheiro. No ano seguinte, em 1999, participou, como convidado especial, do disco “Velha Guarda da Mangueira e convidados”, assim como Lenine e Fernanda Abreu, entre outros. Neste mesmo ano apresentou-se com João Nogueira no show “Antenas do Ipiranga – SESC Ipiranga”, em São Paulo.

No ano de 2002 lançou o CD “Canta Djavan” (Dabli・Discos), relendo a obra do compositor alagoano Djavan, destacando-se “Flor de Lis”, “Sina”, “Azul”, “Pedro Brasil” e “Outono”. O CD contou com as participações especiais de Beth Carvalho, Leila Pinheiro, Fátima Guedes, João Donato, Aquarela Carioca, Seu Jorge e Yamandú Costa, sendo lançado no Rio de Janeiro, no Teatro Rival com participações especiais de Seu Jorge e Fátima Guedes. Entre 2002 e 2005 foi incluso em cinco coletâneas de música brasileira: três no Japão, uma na França e uma na Inglaterra.

Em 2007 lançou “No meio da banda”, pela gravadora Fina Flor, CD no qual interpretou composições inéditas de sua autoria e também de outros autores, entre os quais Ivan Lins, Eduardo Gudin, João Donato, Fátima Guedes, Elisa Lucinda e Fred Martins. O disco contou com as participações especiais de João Donato, Moacyr Luz, Otto e Fred Martins.

Em 2008 montou o show “Meio da Banda”, apresentado no Teatro do Tom Jazz, em São Paulo, evento no qual contou com a participação especial de João Donato.
Em 2010 participou da gravação do DVD “Homenagens – Velha Guarda da Mangueira”, no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro.

Em 2009 lançou o livro “A emoção como método de trabalho” (Editora Sette Letras). Entre 2009 e 2011 foi o Curador e Diretor artístico do “Projeto Sete em Ponto”, apresentado no Teatro Carlos Gomes, da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, realizando 82 shows com um público de mais de 25.000 pessoas, por onde passaram grandes nomes e novos talentos da música brasileira como: Martinho da Vila, João Bosco, Moska, Dominguinhos, Alcione, João Donato, Edu Krieguer, Ana Costa, D. Ivone Lara, João Donato, Fred Martins, Arlindo Cruz, Dorina, Diogo Nogueira, Yamandú Costa, entre outros.

No ano de 2011 lançou o CD “Samba Popular Brasileiro” em espetáculo, com direção musical de Josimar Monteiro, no Teatro SESI, no Rio de Janeiro. No CD interpretou “Passarela” (Carlos Dafé e “Samba do avião” (Tom Jobim), “Dois de fevereiro” (Dorival Caymmi), “Consolação” (Baden Powell e Vinicius de Moraes), entre outras com participação de músicos consagrados como Almeida Hulk (cavaquinho), Zé Paulo Becker (violão) e Roberto Marques (trombone).

No ano de 2012, ao lado de Jorge Vercillo, Nelson Sargento, Elba Ramalho, Lenine e Sandra de Sá foi um dos convidados da Velha Guarda da Mangueira a participar do CD “Homenagens – Volume 2”, no qual gravou faixa ao lado de Mocinho, Tia Zélia e Erivah, disco lançado no Teatro Rival Petrobras, no Rio de Janeiro.

Ao final de 2012, Augusto lançou seu quinto álbum, Felizes Trópicos (Gravadora Fina Flor) em parceria com a Orquestra Criôla, na qual apresenta um repertório todo inédito, com obras de autores novos e consagrados como João Donato, Joyce, Francis Hime e Fred Martins além de outras do próprio Augusto e conta com as participações de Moska e João Donato.

Em 2014, Augusto lançou seu sexto disco em parceria com o virtuoso violonista Marcel Powell, Viiolão, Voz e Zé Kéti pela Kuarup Discos. Marcel e Augusto injetam uma sonoridade muito original e paradoxalmente respeitosa dessa obra irretocável. Nela o cantor carioca e o violonista franco brasileiro passeiam com raro refinamento e desenvoltura.

Em 2016, apresenta em parceria com o cantor e compositor Cláudio Jorge, o CD Ismael Silva: uma escola de samba – Mills Records. Artistas, músicos cariocas que tabelam a paixão pelo samba num mergulho no universo deste compositor-lenda atemporal que fundou a primeira escola de samba do Brasil.

Em 2017, Augusto lançou o disco Piano, Voz e Jobim – Mills Records em homenagem aos 90 anos que faria o maestro soberano, em parceria com Paulo Malaguti Pauleira, pianista arranjador e vocalista do MPB4. O CD conta com a participação especial de Ivan Lins.
Em 2020, Augusto lançou com Paulo Malaguti o single Altos e Baixos de Aldir Blanc e Sueli Costa. Em 2021 Augusto Martins (voz) e Paulo Malaguti Pauleira (piano) lançaram o CD “Como canções e epidemias”, com 14 faixas

Sobre Augusto Martins, Beth Carvalho destaca: Augusto Martins veio para ficar e para suprir a falta de grandes intérpretes masculinos em nosso país. Está pronto. Timbre de voz muito bonito, bom gosto, musicalidade, sensibilidade à flor da pele, consciência do que está cantando e brasilidade. Salve símbolo Augusto Martins da paz.

Cleo Oshiro
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