Os militares de Myanmar prorrogaram por mais seis meses o estado de emergência imposto após a tomada do poder em um golpe.
O líder da junta de Myanmar, General Sênior Min Aung Hlaing, disse durante uma reunião de altos oficiais militares na segunda-feira (31), que ainda é muito cedo para realizar eleições porque a violência continua, de acordo com a mídia estatal. Ele disse que é preciso fazer os preparativos para as eleições e que os militares devem continuar no comando.
Os militares declararam o estado de emergência em 2021 e, desde então, o prorrogaram três vezes, enquanto continuavam sua repressão às forças pró-democráticas.
Myanmar deveria realizar eleições até agosto, em uma tentativa de abrir caminho para uma transição democrática. Mas a última e quarta prorrogação da medida de emergência em vigor significa que as eleições não serão realizadas antes de fevereiro próximo.
Os combates continuam entre os militares e os ativistas pró-democracia. Até segunda-feira (31), 3.857 civis foram mortos desde o golpe, de acordo com um grupo de direitos humanos.
Espera-se que os militares usem o estado de emergência como pretexto para continuar sua repressão aos ativistas pró-democracia.
O professor associado da Universidade de Kyoto, Nakanishi Yoshihiro, afirma que Min Aung Hlaing consolidou sua posição como líder autocrático, pois continua a deter os poderes legislativo, judiciário e executivo. Nakanishi diz que seu controle autoritário do governo, provavelmente, continuará por enquanto, apesar da agitação social.
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