Japão promove produtos alimentícios na feira comercial de Hong Kong

Mais de 150 empresas e outras organizações do Japão estão promovendo os produtos alimentícios do país em uma feira comercial em Hong Kong.

Um pavilhão para o Japão foi montado pela primeira vez em quatro anos no evento internacional, que foi aberto na quinta-feira (17).

Como a degustação de alimentos é permitida este ano, os expositores incentivaram os compradores a experimentar seus produtos, enquanto explicavam suas características.

Hong Kong é um grande importador de produtos agrícolas, florestais e pesqueiros japoneses. Essas exportações do Japão para Hong Kong chegaram a cerca de 1,4 bilhão de dólares no ano passado. É o segundo maior mercado de exportação do Japão nessa categoria. O maior é a China continental.

O Japão planeja liberar no oceano a água tratada e diluída da usina nuclear danificada de Fukushima Daiichi. O governo de Hong Kong sugeriu que, se o plano for executado, ele proibirá a importação de produtos marinhos de 10 prefeituras japonesas, incluindo Fukushima e Tóquio.

Uma mulher de Hong Kong que visitou a feira comercial disse que costumava comer sashimi com frequência, mas que agora evita ao máximo a comida japonesa.

Mas outra mulher disse que confia nos japoneses e acha que as autoridadesrealizam verificações de qualidade minuciosas. Ela diz que come comida japonesa três ou quatro vezes por mês.

Miyashita Masami, funcionário sênior do Ministério do Comércio do Japão, disse que um relatório abrangente da Agência Internacional de Energia Atômica concluiu que a liberação planejada teria um impacto insignificante sobre as pessoas e o meio ambiente. Ele também diz que o ministério espera que o governo de Hong Kong adote uma postura baseada em evidências científicas.

A água usada para resfriar o combustível derretido na usina de Fukushima Daiichi se mistura com a chuva e a água subterrânea. A água acumulada é tratada para remover a maioria das substâncias radioativas, mas ainda contém trítio.

O governo do Japão planeja diluir a água tratada em cerca de um sétimo das diretrizes da Organização Mundial da Saúde para a qualidade da água potável antes de liberá-la no mar.