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sexta-feira, 7 fevereiro, 2025 5:43: pm
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Alek Lean: cineasta tem filmes exibidos em mais de 50 países em festivais

Alek Lean, nascido e criado em São João de Meriti na Baixada Fluminense. Iniciou sua vida artística no teatro, onde escreveu e produziu o espetáculo infantil educativo “O Sapo Leitor e a Lagartixa Cantora”. Em seguida, começou a fazer cinema de forma autodidata produzindo a Trilogia da Obsessão (Tormenta, Rewind, Nota Mi) em 2014-2015, baseados no Dogma 95, manifesto criado pelo diretor Lars Von Trier.

Alek Lean, nascido e criado em São João de Meriti na Baixada Fluminense. Iniciou sua vida artística no teatro, onde escreveu e produziu o espetáculo infantil educativo “O Sapo Leitor e a Lagartixa Cantora”. Em seguida, começou a fazer cinema de forma autodidata produzindo a Trilogia da Obsessão (Tormenta, Rewind, Nota Mi) em 2014-2015, baseados no Dogma 95, manifesto criado pelo diretor Lars Von Trier.

Pedagogo, produtor, roteirista e cineasta teve suas primeiras passagens formativas pela Escola de Cinema Darcy Ribeiro e Centro AfroCarioca de Cinema Zózimo Bulbul, tem filmes exibidos em mais de 50 países em festivais nos 4 continentes. Vencedor do Prêmio de Melhor Curta Internacional no Caribe – Festival de Santo Domingo Femujer, mais de 10 Menções Honrosas do Júri em festivais no Brasil, África e Europa. Prêmio Latinx21 em Los Angeles, EUA, entre outras láureas mundo a fora.

Após a passagem pelo Centro AfroCarioca de Cinema onde teve seu primeiro contato com um set de filmagem profissional, sua visão cinematográfica se abriu para questões mais racializadas e passou a se inspirar no Dogma Feijoada do cineasta brasileiro Jeferson De.

Idealizador do coletivo Experimental Filmes com foco em direitos humanos e curador da Mostra de Cinema Curta Meriti e Mostra de Cinema de Esporte e Lazer Sesi-SG. Ganhador do Prêmio Orgulho da Diáspora Africana de Literatura na FLIDAM 2022.

Seus curtas participaram de festivais renomados como Curta Cinema, Clermont-Ferrand Int’ Short Film Market, Best of Latin America Short Film Festival, Atlanta Black Pride Film Festival, Prêmio Fiesp Sesi SP de Cinema e TV, Cinema Noir En Mouvement Représentations Afro-Diasporique, Buenos Aires International Film Festival, Berlin Flash Film Festival, Athens Digital Arts Festival, LABRFF Los Angeles Brazilian Film Festival, Festival Guarnicê de Cinema, Festin – Festival Int de Cinema de Língua Portuguesa, entre outros.

O filme “COMO MATAR UMA BONECA” (curta-metragem) foi produzido inteiramente próximo a reserva biológica de Jaceruba – RJ, com profissionais da Baixada Fluminense e de regiões periféricas do Rio de Janeiro e uma locação no meio da floresta.

Este projeto de Alek Lean foi o vencedor do Prêmio LabCurta – FUNARJ 2022. A bela trilha sonora, composta por Juliana Pinheiro, já está disponível nas plataformas digitais. O filme estreou no Brasil no final de junho em um dos mais antigos e tradicionais festivais do país: 46º Guarnicê Festival de Cinema. O lançamento internacional foi em julho em Lisboa – Portugal no FESTin.

“Senhora” é uma fotógrafa ambiental sensitiva, que acaba sentindo energias através da guia de Oxumaré que carrega no peito. Após encontrar uma boneca na mata fechada, resolve entregá-la na casa mais próxima que encontra na floresta, antes de seguir seu caminho. A boneca por acaso realmente pertence a dona da casa, uma mulher estranha, que tem atos de loucura com esse brinquedo. Esse filme de poucos diálogos, revela muito mais através de símbolos e easter eggs fazendo críticas e reflexões sobre os anos recentes.

“Como Matar Uma Boneca” (2023) traz uma linguagem de mistério e horror com a assinatura do premiado diretor que costuma experimentar diversos gêneros como os sucessos do videoarte “Por trás das tintas” e o docudrama “Eu não nasci pra ser discreta” ambos disponíveis na plataforma Todesplay (no Brasil), sendo que o último pode ser visto na FilminLatino (no México).

“Eu não nasci para ser discreta” (2018) é um docudrama LGBTQ+ produzido de forma independente, sem nenhum recurso e equipamento técnico em apenas 72 horas. Apesar disso, o filme já foi exibido em dezenas de países e convidado para mostras especiais e diversas universidades no Brasil e no exterior.

Sinopse: 4 jovens afeminados falam sobre como lidam por não serem gays “discretos” numa sociedade machista. Alguns agem com orgulho, outros com medo, até que juntos resolvem mostrar toda sua feminilidade em busca da liberdade e visibilidade.

Lar Doce Celular (2015) é uma ficção experimental. Uma curiosidade é que não aconteceu beijo entre dois homens negros nos filmes de longa-metragem brasileiros mais famosos como “Rainha Diaba” e “Madame Satã”, mas sim nesse curta. Não foi um selinho e sim um beijaço no curta-metragem “Lar Doce Celular” (2015), dirigido pelo cineasta Alek Lean do Rio de Janeiro.

Provavelmente essa pode ser a obra do pioneirismo desta ação, que deveria ser comum nas produções.O filme fez sua estréia no Outfest – Festival Internacional de Cine LGBT de Santo Domingo – Rep. Dominicana e Plateau Festival Internacional de Cinema – Praia – Cabo Verde (ambos em 2015).

No Brasil foi selecionado para importantes festivias de cinema como o Encontro de Cinema Negro Brasil Zózimo Bulbul e Festival Internacional de Cinema Curtas Lapa – RJ, onde levou uma Menção Honrosa do Júri. Em 2022 foi exibido durante a parada LGBT americana no evento Atlanta Black Pride Film Festival (EUA). Agora, já está sendo exibido na plataforma de streaming TodesPlay.

O ator Jonathan Fontella  é o protagonista do filme e contracena com o diretor em uma história sobre o vício na utilização do celular. Beijo entre dois gays negros é muito raro encontrar no audiovisual brasileiro. Em uma rápida pesquisa você encontra o vídeo-clipe Acaso (2017) do cantor Gê Lima.

Sinopse do curta-metragem Lar Doce Celular: Numa época não muito distante, o celular se transforma em um habitat natural, uma prisão prazerosa, uma jóia que mantém as pessoas sem atenção e o ciclo da venda de aparelhos roubados. Os aplicativos digitáveis substituem a comunicação oral. Nesse contexto, o jovem Luan fica dividido entre a atração por um homem e por seu aparelho telefônico. O filme brinca usando uma narrativa de cinema mudo em contraste com o avanço das tecnologias.

Outro filme premiadíssimo de Alek é um videoarte experimental chamado “Por trás das tintas” (2019) onde o cineasta da voz a uma mulher negra que está em um quadro de um artista branco. Esta obra ganhou diversos prêmios internacionais, entre eles o dia Melhor ideia no Festival Filmes de Inquetação e Menção Honrosa em festivais realizados em Lagos, Berlim e outras cidades estrangeiras.

Sinopse: A partir do séc. XVII no Brasil, foram criadas obras de arte que marcaram o imaginário brasileiro com cenas de escravização inseridas em paisagens rurais e urbanas que são tentativas de descrições e projeções eurocêntricas idealizadoras da escravidão como um mundo exótico e até mesmo bonito de apreciar. O que está por trás da beleza do quadro “Engenho de Mandioca” do espanhol Modesto Brocos, através da narrativa de uma das personagens retratadas ao fundo desta obra.

Já “Crucificação” (2019) foi um fime ensaio, que acabou indo para as telas em muitos festivais e ganhou Menção Honrosa no Fest Fim On Line Brasil 2020. Este curta com a história de Núbia, classe média, que nunca se importou com as causas negras e gays. Quando retorna a seu país, após a tomada de poder por políticos conservadores e religiosos, encontra novas leis que oprimem inclusive as mulheres.

 

Alek Lean, chegou a ter seis filmes diferentes exibidos em festivais e mostras nacionais e internacionais em 2019. Atualmente Participa como educador do Curso de Cinema Antirracista pela ONG Asbrinc, ministrando a aula sobre Corpos Negros LGBTQ+ no Cinema, coordenado pelo cineasta Clementino Júnior, no projeto da Asbrinc.

Alek foi selecionado para o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul, Brasil, África, Caribe e Outras Diásporas, o maior evento audiovisual negro da América Latina Centro Afro Carioca de Cinema Zózimo Bulbul, com o seu filme Como Matar Uma Boneca. A direção e roteiro original é de Alek Lean @aleklean/Assistente de Direção: Uilton Oliveira/

Elenco: Renata Coimbra e Gleyser Ferreira / Elenco de Apoio (Figuração) Jorge Silva, Ana Beatriz Souza, Jorge de Paiva Matos, Guilherme Najar, Marcos Alfa, Motorista Maurício.
Sinopse: Enquanto tira fotos, Senhora encontra uma boneca na floresta e a entrega na casa mais próxima. A fotógrafa ambiental usa um cordão de Oxumaré, que forma um elo entre o céu e a terra numa espécie de pedido de ajuda ancestral; enquanto uma outra mulher se sente protegida por sua crença e branquitude. Uma história contada através de símbolos que representam marcas do passado e a atualidade, quebrando estigmas e trazendo reflexões. Prêmio de Melhor Curta-metragem de Conscientização Social – Índia e Prêmio FUNARJ Lab Curta 2022 – RJ

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Cleo Oshiro
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