Começam as conversações dos ministros das Relações Exteriores da ASEAN

Os ministros das Relações Exteriores da Associação das Nações do Sudeste Asiático – ASEAN, estão se reunindo em Jacarta. A crise em Myanmar está no topo da agenda.

A Indonésia é a presidente deste ano. Na declaração de abertura, na terça-feira (11), ela pediu unidade e manutenção da credibilidade da ASEAN. Mas se absteve de mencionar diretamente Myanmar.

O Ministro das Relações Exteriores da Indonésia, Retono Marsudi, disse: “Devemos provar que, unidos, podemos enfrentar os desafios atuais e, ao mesmo tempo, estar prontos para antecipar e responder aos desafios futuros. É por isso que a visão de longo prazo da ASEAN é crucial”.

A reunião está sendo realizada, apesar de o bloco não ter conseguido lidar com a instabilidade de Myanmar. Os líderes da ASEAN concordaram com o chamado Consenso de 5 Pontos, há dois anos. Ele exigia o fim imediato da violência. Também solicitou o envio de emissários para mediar as negociações entre a junta e os grupos pró-democracia. A implementação do consenso tem sido uma condição para o reinício das conversações com o país.

Porém, segundo informações da NHK, o ministro das Relações Exteriores da Tailândia visitou Myanmar na segunda-feira (10). Ele se reuniu com o líder da junta, Min Aung Hlaing. Os analistas dizem que essa medida pode afetar a solidariedade da ASEAN.

As disputas territoriais no Mar do Sul da China também estão sendo discutidas. De acordo com a NHK, foi visto um rascunho de um comunicado conjunto. Ele reafirma a necessidade de buscar soluções pacíficas para as disputas, de acordo com os princípios do direito internacional.

Os países membros se reunirão com a China na quinta-feira (13). Espera-se que eles discutam o Código de Conduta no mar em disputa. Ele está sendo negociado há anos.

Uma série de reuniões será realizada durante a conferência de quatro dias. O evento termina na sexta-feira. Entre os participantes programados estão os principais diplomatas da região e de outros países, como os EUA e a Rússia.