O governo australiano condenou a polícia de Hong Kong por emitir mandados de prisão contra oito ativistas pró-democracia que vivem no exterior.
A Austrália é o lar de dois dos ativistas. A polícia diz que eles enfrentam acusações de acordo com a lei de segurança nacional de Hong Kong. A legislação foi criada para reprimir a oposição.
O primeiro-ministro, Anthony Albanese, reagiu com veemência ao anúncio na quarta-feira (5). Ele disse que isso é inaceitável.
Ele acrescentou: “Continuaremos a cooperar com a China, onde for possível, mas discordaremos, onde for necessário. E nós discordamos sobre questões de direitos humanos”.
Ted Hui é um ex-legislador de Hong Kong. Kevin Yam é advogado e cidadão australiano. Eles estão entre os oito dissidentes.
Os homens fugiram de Hong Kong em 2019, depois que uma série de protestos pró-democracia ocorreu no território chinês. Desde então, eles continuam a se manifestar.
A polícia de Hong Kong, agora, está oferecendo recompensas por informações que levem às suas prisões.
As relações entre a Austrália e a China estão tensas há anos. Canberra vem restaurando, gradualmente, os intercâmbios entre os governos desde que Albanese assumiu o cargo em 2022. Mas os países continuam em desacordo em relação a questões como o Mar do Sul da China e os direitos humanos.
A preocupação continua a crescer. As autoridades de Hong Kong aumentaram seu controle sobre a liberdade de expressão e os direitos humanos desde que Pequim impôs a lei de segurança nacional em 2020.
Os outros ativistas visados nesta semana estão sediados no Canadá, nos EUA e no Reino Unido.
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