O Parque Memorial da Paz, em Hiroshima, e o Memorial Nacional de Pearl Harbor, no estado americano do Havaí, estabeleceram laços de irmandade, apesar da discordância de pessoas como os sobreviventes da bomba atômica.
Uma cerimônia de assinatura foi realizada na Embaixada dos EUA em Tóquio na quinta-feira (29).
O prefeito da cidade de Hiroshima, Matsui Kazumi, e o embaixador dos EUA no Japão, Rahm Emanuel, assinaram um acordo de parque irmão.
Com base no acordo, os dois parques planejam organizar eventos de paz para jovens e compartilhar ideias e conhecimentos sobre como atrair mais visitantes.
Um grupo de organizações cujos membros incluem sobreviventes da bomba atômica solicitou à cidade de Hiroshima que suspendesse o plano de estabelecer laços de irmandade.
O grupo argumentou que o significado e o objetivo de tais laços não estavam claros, pois a decisão foi tomada abruptamente sem discussões envolvendo cidadãos e sobreviventes da bomba atômica.
O prefeito Matsui disse em uma entrevista coletiva que acredita que o acordo se tornará um passo importante para a realização de uma comunidade internacional que possa contribuir para a paz.
Ele disse que estava ciente das preocupações dos cidadãos, mas refletiu muito sobre a ideia antes de tomar a decisão como prefeito.
Emanuel disse à NHK que o principal objetivo do acordo é a reconciliação.
Ele disse esperar que o acordo inspire os cidadãos do Japão e dos Estados Unidos a aprender com o que aconteceu em Hiroshima e Pearl Harbor.
O embaixador acrescentou que entende a ira e a angústia que existem em ambos os países, mas que as pessoas precisam olhar para o futuro e não ficar presas ao passado.
Na quinta-feira, um grupo cívico co-liderado pelo ex-prefeito de Hiroshima, Akiba Tadatoshi, apresentou uma petição à cidade, pedindo que o acordo fosse cancelado.
Ele disse que o parque em Pearl Harbor foi projetado para inspirar as forças dos EUA e que é o ponto de origem para justificar os bombardeios atômicos dos EUA em Hiroshima e Nagasaki.
O grupo disse que o lado americano argumenta que os dois parques têm objetivos em comum, mas que a cidade de Hiroshima deveria deixar claro qual é o ponto em comum entre eles.
O grupo acrescentou que, como o acordo foi assinado de forma tão abrupta, a cidade deveria descartá-lo e discutir o assunto com o público.
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