Líder da Nova Zelândia caminha em direção a uma linha diplomática difícil na China

O primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins, reuniu-se com o presidente chinês Xi Jinping em sua primeira visita ao país desde que assumiu o cargo em janeiro.

A visita de Hipkins ocorre em um momento em que a Nova Zelândia está tentando seguir uma linha diplomática tênue em meio à crescente rivalidade entre a China e os Estados Unidos.

Em suas conversas na terça-feira, os dois líderes elogiaram o fato de seus países terem comemorado 50 anos de relações diplomáticas no ano passado.

Xi disse que os dois lados precisam trabalhar juntos “para embarcar em um novo período de 50 anos de relações bilaterais e promover o desenvolvimento constante da parceria estratégica abrangente entre a China e a Nova Zelândia”.

Hipkins enfatizou que a relação bilateral é “multifacetada, abrangendo conexões econômicas, interpessoais e culturais significativas”.

As autoridades neozelandesas disseram que a reunião se concentrou em reafirmar e renovar os laços comerciais com o maior parceiro comercial do país. Segundo eles, a reunião também abordou a cooperação em áreas como educação, inovação e turismo.

As interações da Nova Zelândia com a China têm se mantido publicamente cordiais, ao contrário das interações entre a China e os EUA e a Austrália. Mas há cada vez mais pedidos para que Wellington reduza sua dependência de Pequim, à medida que as tensões geopolíticas aumentam.

Na reunião, Hipkins também destacou a importância de uma ordem internacional baseada em regras, bem como o papel construtivo da China no enfrentamento dos desafios globais, como a guerra na Ucrânia.

Hipkins liderou uma grande delegação empresarial na viagem de cinco dias. Ele também visitou Tianjin, perto de Pequim, para falar em uma reunião anual do Fórum Econômico Mundial, geralmente chamado de “Davos de Verão”.