O Gabinete do Japão espera que mais apoio financeiro para os pais e a redução do ônus da licença para cuidar de crianças ajudem a reverter a tendência de queda da taxa de natalidade.
O país vem registrando um declínio há seis anos consecutivos.
Na terça-feira (13), os ministros aprovaram várias novas medidas para combater esse problema.
Em uma coletiva de imprensa, o primeiro-ministro Kishida Fumio disse: “A taxa de natalidade do Japão está diminuindo rapidamente e sua população está reduzindo. Se não conseguirmos interromper a tendência agora, a economia e a sociedade do nosso país encolherão e será difícil manter as comunidades locais, bem como os sistemas de seguridade social, como pensões, assistência médica e cuidados de enfermagem”.
Kishida diz que um dos principais fatores por trás do declínio da taxa de natalidade é a renda dos jovens.
Ele diz que seu governo continuará a promover o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, fará todo o possível para aumentar a renda das gerações mais jovens.
O governo pretende gastar cerca de 25 bilhões de dólares por ano nos próximos três anos para se concentrar na questão.
As medidas removerão o limite da renda familiar para o recebimento do auxílio-criança do governo.
A cobertura será ampliada para crianças no último ano do ensino médio.
As famílias poderão receber um subsídio mensal de 30.000 ienes, ou cerca de 215 dólares, para o terceiro filho em diante, independentemente da idade.
O governo planeja iniciar as mudanças em outubro do próximo ano.
Para reduzir o ônus do custo da educação pós-secundária, mais estudantes terão direito a bolsas de estudo ou taxas de matrícula reduzidas.
O Japão também planeja aumentar o apoio financeiro para o parto, como a cobertura das despesas do parto pelo seguro de saúde público.
As autoridades pretendem aumentar os benefícios da licença para cuidar de crianças para que, mesmo que ambos os pais tirem licença, a renda disponível de uma família não seja alterada por até quatro semanas.
Para financiar as medidas, o governo planeja reformar os gastos com o bem-estar social.
As autoridades afirmam que poderiam emitir temporariamente títulos do governo, mas que o objetivo é não aumentar a carga financeira do público.
O governo planeja finalizar os detalhes das medidas de apoio e dos esquemas de financiamento até o final do ano.
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