A Coreia do Norte anunciou que não conseguiu lançar o seu foguete. Pyongyang diz que ocorreu um acidente quando o objetivo era colocar um novo satélite em órbita.
A Coreia do Norte diz que o foguete decolou na manhã de quarta-feira (30), de uma estação de lançamento no noroeste do país. Mas ele sofreu um mau funcionamento e caiu no Mar Amarelo.
Os militares da Coreia do Sul afirmam que conseguiram localizar o local onde o foguete caiu, cerca de 200 quilômetros a oeste da ilha de Eocheong.
Foram divulgadas fotos do que se acredita serem destroços recuperados do local do acidente.
Lee Kwang-sub, do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, disse: “Nossos militares estão totalmente em alerta para quaisquer outras provocações da Coreia do Norte, como outro lançamento do veículo de transporte espacial”.
Na segunda-feira (29), a Coreia do Norte alertou o Japão que lançaria um satélite de reconhecimento militar em algum momento da próxima semana e meia. E agora diz que realizará um segundo lançamento o mais rápido possível. Um especialista tem certeza sobre a próxima tentativa.
Koda Yoji, ex-vice-almirante da Força Marítima de Autodefesa do Japão, disse: “Não tenho certeza de quando será o próximo lançamento. De modo geral, eu esperaria que levasse um tempo considerável para se preparar. Mas eu diria que eles lançarão novamente, com certeza”.
O governo japonês acredita que o lançamento foi um teste de tecnologia de mísseis balísticos, independentemente da terminologia do Norte.
O secretário-chefe do gabinete do Japão, Matsuno Hirokazu, disse: “Esses lançamentos de mísseis balísticos violam as resoluções do Conselho de Segurança. O Japão apresentou um forte protesto e condenou veementemente Pyongyang”.
Especialistas dizem que o fato de o Norte possuir um satélite militar permitirá que Pyongyang detecte os movimentos dos porta-aviões dos EUA em tempo real.
Isozaki Atsuhito, professor da Universidade de Keio, disse: “Em vez de simplesmente aumentar o alcance dos mísseis, a Coreia do Norte tem a intenção de médio a longo prazo de possuir uma variedade de armas e melhorar as forças militares e a dissuasão”.
O Ministério da Defesa do Japão também está mantendo sua prontidão para outro possível lançamento. Os sistemas interceptadores terrestres permanecerão instalados na Prefeitura de Okinawa e preparados para abater qualquer míssil que ameace o território japonês.
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