Presidente Putin afirma que a Rússia enfrenta “guerra real” no discurso do Dia da Vitória

O presidente russo, Vladimir Putin, justificou sua invasão da Ucrânia e criticou as nações ocidentais que apoiam Kiev em seu discurso do Dia da Vitória.

Na terça-feira (9), a Rússia celebrou o 78º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial com uma cerimônia na Praça Vermelha, em Moscou.

Putin disse aos soldados e veteranos russos reunidos na praça que uma “verdadeira guerra” foi novamente desencadeada contra sua terra natal.

Ele prometeu repelir o que chama de “terrorismo internacional”, proteger o povo de Donbas e garantir a segurança da Rússia. Moscou anexou ilegalmente o Donbas e outras regiões ucranianas no ano passado.

Ele exortou o povo russo a se unir ainda mais e enfatizou que sua operação militar especial na Ucrânia continuará.

Putin não fez nenhuma referência aos ataques de drones ao Kremlin na última quarta-feira. Seus funcionários classificaram o incidente como uma tentativa de assassinato ucraniana contra o líder.

Após o discurso, foram exibidos armamentos russos, como o míssil balístico de curto alcance Iskander e o ICBM Yars com capacidade nuclear.

A comemoração na capital pareceu bem menor do que no ano passado, pois um sobrevoo de aviões de guerra foi cancelado.

Em mais de 20 cidades do país, os desfiles militares foram cancelados por motivos de segurança.

Enquanto isso, o gabinete presidencial russo anunciou que os líderes de sete ex-repúblicas soviéticas compareceram à cerimônia em Moscou, aparentemente para demonstrar unidade à medida que as tensões aumentam entre a Rússia e o Ocidente.

O Instituto para o Estudo da Guerra dos EUA disse, anteriormente, que em 2022 nenhum líder estrangeiro compareceu à celebração do Dia da Vitória em Moscou, e o Cazaquistão, o Quirguistão e o Uzbequistão cancelaram seus desfiles, citando os riscos à saúde decorrentes da pandemia da COVID.