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Mais cristãos na África são assassinados por extremistas

Um pastor e sete membros de uma comunidade cristã em Burkina Fasso foram mortos por jihadistas.

Um pastor e sete membros de uma comunidade cristã em Burkina Fasso foram mortos por jihadistas.

Não é somente na Nigéria que os cristãos sofrem intensa perseguição. Em Burkina Fasso, pequeno país sem acesso ao litoral localizado na região oeste do continente africano, ao sul de Mali, um grupo de cristãos foi morto durante um atentado terrorista jihadista. O ataque aconteceu na última quinta-feira, 25. Jonas Yaro, um pastor protestante, e outros sete membros da comunidade cristã foram assassinados no vilarejo de Molokadou.

Segundo um parceiro local da ONG Postas Abertas, “os terroristas cercaram o vilarejo e atiraram no ar para criar pânico. Depois, entraram em um complexo onde assassinaram duas pessoas. A terceira vítima que estava no local conseguiu fugir para a casa do pastor”. O jovem que fugia pensava que havia escapado, mas na verdade ele foi seguido pelos terroristas até as casas dos líderes da igreja. “Eles mataram o jovem e o pastor na frente da sua esposa” completou o entrevistado pela ONG.

Ovelhas sem pastor
Jonas, o pastor assassinado pelos jihadistas, tinha 39 anos e servia à sua igreja no vilarejo de Molokadou havia oito anos — ele tinha uma esposa e três filhos. Burkina Fasso não foge à regra da maioria dos países africanos: instabilidade política, social e econômica e intolerância religiosa. No ano passado, o país sofreu dois golpes de Estado. Segundo observadores internacionais, a instabilidade em Burkina Fasso impossibilita ações contra a insegurança e a perseguição religiosa.

 

No início deste mês de maio, jihadistas atacaram o vilarejo de Silmidougou, também localizado no norte de Burkina Fasso, resultando na morte de três cristãos da comunidade local, incluindo o pastor Antoine Kouma Ouedraogo. De acordo com o Conselho Nacional de Ajuda Emergencial e Reabilitação em Burkina Fasso, a violência levou a emigração de mais de 2 milhões de burquinenses. E, segundo a agência ReliefWeb, dois entre três emigrantes eram crianças.

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