Especialistas pedem que os líderes do G7 discutam a segurança nuclear
Em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia, a ameaça do uso de armas nucleares continua a crescer, mas a segurança nuclear também está em perigo na região. Especialistas dos EUA e do Japão pediram que os líderes do G7 abordassem essas questões na cúpula da próxima semana, em Hiroshima.
Rafael Grossi, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica, alertou no sábado (6), que a situação em torno da usina nuclear de Zaporizhzhia, controlada pela Rússia, é imprevisível e potencialmente perigosa.
Ele também expressou preocupação com as condições estressantes para as pessoas que trabalham lá, à medida que a atividade militar aumenta na região.
Especialistas se reuniram em Tóquio na quinta-feira para discutir como os países podem proteger suas instalações nucleares de serem atacadas por outras nações. Eles condenaram as ações da Rússia, dizendo que elas poderiam resultar em uma situação devastadora.
Scott Roecker, da Nuclear Threat Initiative, disse: “O risco mais significativo que nos preocupa não é uma detonação nuclear – não é uma explosão nuclear com uma nuvem em forma de cogumelo. É o risco de liberação significativa de radiação associada a um ataque à usina nuclear de Zaporizhzhia.”
A questão nuclear é um dos tópicos importantes que serão discutidos na Cúpula do G7. O presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy está programado para participar on-line. Espera-se que ele solicite discussões sobre segurança nuclear.
Roecker disse: “Os líderes do G7 têm uma oportunidade única em Hiroshima, de falar sobre o que está acontecendo do ponto de vista nuclear na Ucrânia. É preciso fazer mais para fortalecer a estrutura jurídica internacional e as normas internacionais em torno das instalações nucleares em tempos de conflito, que precisam ser mais bem protegidas. E elas não devem ser um alvo durante um conflito militar”.
Roecker disse que os riscos em torno das instalações nucleares na Ucrânia estão aumentando. Ele enfatizou que os líderes mundiais devem se manifestar contra a Rússia.
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