Coroação do Rei Charles III realizada na Abadia de Westminster, em Londres

A coroação do Rei Charles III, cuja mãe, a Rainha Elizabeth II, faleceu em setembro passado, ocorreu na Abadia de Westminster, em Londres, no sábado (6).

Em meio ao ceticismo entre os jovens sobre o papel e a relevância da monarquia, o evento de mais de 1.000 anos foi simplificado. Também foi dada mais ênfase à diversidade do que na cerimônia anterior, realizada há 70 anos.

O Rei Charles deixou o Palácio de Buckingham, no centro de Londres, com sua esposa, a Rainha Consorte Camilla, em uma carruagem puxada por cavalos e viajou dois quilômetros até a Abadia de Westminster, passando por multidões que aplaudiam.

A coroação começou às 11 horas, horário local. O Arcebispo de Canterbury, o principal líder da Igreja da Inglaterra, declarou Charles o rei, e a congregação aplaudiu “Deus salve o rei”.

O arcebispo colocou a coroa de Santo Eduardo na cabeça do rei Charles depois que fez o juramento de governar o Reino Unido e seus outros reinos de acordo com a lei.

O ceticismo sobre a monarquia na Grã-Bretanha chamou a atenção em meio a aumentos no custo de vida e alegações do filho de Charles, o príncipe Harry, de que sua esposa recebeu comentários racistas de membros da família real.

Em uma pesquisa realizada no Reino Unido no mês passado, 38% dos entrevistados com idade entre 18 e 24 anos apoiaram o republicanismo, em comparação com 32% que apoiaram a monarquia.

O número de participantes da coroação foi reduzido para cerca de 2.200, ou um quarto dos participantes da cerimônia da Rainha Elizabeth. A distância percorrida pela carruagem dessa vez também foi reduzida significativamente, o que é visto como uma medida de redução de custos.

Os participantes também incluíram representantes de várias etnias e religiões que não o cristianismo.

A coroação pareceu mostrar que o Rei Charles está determinado a promover mudanças, em um momento em que a relevância da monarquia é questionada.