Primeiro-ministro japonês enfatiza a necessidade da capacidade de contra-atacar
O primeiro-ministro japonês, Kishida Fumio, disse que o país tem uma necessidade absoluta da capacidade de contra-atacar, citando o rápido acúmulo de tecnologias de mísseis em nações vizinhas.
Kishida estava respondendo perguntas em uma sessão plenária da Câmara na terça-feira (4), depois de explicar três documentos que seu Gabinete aprovou em dezembro passado. Os documentos dizem respeito à estratégia de segurança do Japão, estratégia de defesa e planos para melhorar a capacidade de defesa.
O ex-ministro do Meio Ambiente, Koizumi Shinjiro, do Partido Liberal Democrático no poder, perguntou como Kishida aumentará tanto a capacidade de defesa quanto o diálogo com o presidente chinês, Xi Jinping.
Kishida disse querer manter o impulso positivo criado em sua cúpula com Xi em novembro passado, mas que ele dirá o que o Japão deve fazer e apelará para que a China se comporte de forma responsável.
Ele acrescentou que os dois países continuarão conversando para construir relações construtivas e estáveis para que eles possam cooperar em áreas de interesse comum.
Shinohara Go, do principal de oposição, o Partido Democrático Constitucional, perguntou por que a capacidade de contra-ataque é necessária quando o Japão mantém uma política exclusivamente orientada para a defesa. Ele disse que o ataque e a divisão de papéis da defesa entre os Estados Unidos e o Japão não mudou.
Kishida disse que a defesa perfeita usando os sistemas de mísseis existentes está ficando cada vez mais difícil porque as forças de mísseis ao redor do Japão estão aumentando rapidamente em qualidade e tamanho.
Ele enfatizou a necessidade de aumentar a capacidade de dissuasão e resposta da aliança Japão-EUA, acrescentando que a possibilidade de contra-ataque será implementada como uma medida de mínimo absoluto, utilizada apenas para autodefesa.
Kishida também questionou se o Japão exerceria a capacidade de contra-ataque se sua sobrevivência fosse ameaçada, mas sem um ataque direto ao país.
O primeiro ministro afirmou a possível utilização de tais capacidades em casos como ataques militares a um país com laços estreitos com o Japão. Mas ele acrescentou que isto só aconteceria se a situação cumprisse as três condições para o Japão exercer seu direito à autodefesa coletiva.
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