Nova política externa da Rússia visa a formação de uma coalizão anti-ocidental
A Rússia aprovou um novo conceito de política externa com o objetivo de criar uma coalizão anti-ocidental e fortalecer os laços com a China e a Índia.
O governo do Presidente Vladimir Putin divulgou o novo Conceito de Política Externa Russa na sexta-feira (31). É a primeira revisão do conceito desde 2016.
No documento, a Rússia acusa os Estados Unidos e outras nações ocidentais de lançar o que chama de “guerra híbrida” em resposta às medidas que a Rússia tomou para proteger seus importantes interesses nacionais na Ucrânia.
Ele enfatiza os fatos de que a Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e um dos dois maiores Estados nucleares do mundo.
A nova estratégia também visa fortalecer a cooperação com a China e a Índia, para que uma ordem internacional multipolar possa ser construída.
Na sexta-feira (31), o Institute for the Study of War, um think tank americano, disse que é provável que o objetivo do novo conceito de política externa da Rússia seja apoiar as tentativas do Kremlin de promover uma potencial coalizão anti-ocidental.
O instituto também disse que Putin usou, anteriormente, reuniões com o presidente chinês, Xi Jinping, no mês passado, para “aumentar as tentativas de reunir retóricamente o resto do mundo contra o Ocidente”.
O grupo de reflexão observou, entretanto, que “o poder econômico declinante da Rússia e o esforço militar degradado na Ucrânia continuam a oferecer pouco incentivo aos países para expressarem sério interesse na proposta”.
Disse que a Rússia, provavelmente, lançou o novo conceito de política externa na véspera de assumir a presidência do Conselho de Segurança da ONU “a fim de estabelecer condições informativas para futuros esforços retóricos na ONU com o objetivo de formar uma coalizão anti-ocidental”.
Enquanto isso, no sábado (1), em uma reunião com a presença de altos funcionários, o chefe de defesa russo, Sergei Shoigu, prometeu que Moscou expandirá a produção de munições e armas, incluindo tanto armas convencionais quanto armas guiadas com precisão.
Dias antes, Shoigu visitou uma fábrica de armas e instruiu a indústria de munição do país para aumentar a produção de armas. Recentemente, o Ocidente tem fornecido mais assistência militar à Ucrânia.
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