Brasil: Militantes de extrema esquerda barram feira israelense na Unicamp
Militantes de extrema esquerda impediram a realização da Feira de Universidades Israelenses, na segunda-feira 3, que ocorreria na Unicamp. O evento ocorreria no prédio da Comvest, no campus. A fachada do prédio chegou a ser pichada com a mensagem “Palestina Livre”. Fotos mostram pessoas vestindo camisetas do Partido Comunista Brasileiro.
Militantes do Partido Comunista Brasileiro IMPEDIRAM a realização da Feira Israelense na Unicamp.
A feira tinha finalidade acadêmica mas foi BARRADA pelos comunistinhas de Iphone.
Felipe Neto e a Manuela ’Ávila não vão denunciar o discurso de ódio desses vagabundos? pic.twitter.com/dYcU0RKQOt
— Rubinho Nunes (@RubinhoNunes) April 4, 2023
Em nota, a reitoria da Unicamp informou que o ato israelense não pôde ser realizado “por força de manifestações contrárias à sua ocorrência”. “A saída, com segurança, da equipe promotora do evento ocorreu após negociações com os representantes da manifestação”, comunicou a universidade. “A Unicamp ressalta que o direito à livre manifestação será garantido, desde que essas sejam realizadas de forma pacífica e desde que não haja o impedimento de atividades acadêmicas devidamente autorizadas pelas instâncias decisórias.”
Dias antes, a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) alegou ter pedido à Unicamp o cancelamento da feira. Segundo a Fepal, as universidades israelenses estão ligadas à “construção do regime de apartheid de Israel”.
A Unicamp, contudo, rebateu a Fepal. “Não recebemos nenhum documento oficial”, disse a Unicamp. “A universidade destaca que sua atuação sempre se pautou pelo pluralismo de ideias e pela defesa intransigente da democracia. Nesse contexto, abrigou, ao longo de sua existência, eventos promovidos por representantes de diferentes orientações ideológicas e/ou religiosas. Ademais, a Unicamp mantém parcerias com Estados, organismos e universidades, programas de acolhimento de refugiados e de grupos vulneráveis, bem como políticas de estímulo à promoção de direitos humanos.”
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