Guerra na Ucrânia causa problemas no Sudeste Asiático

Continuam os combates ferozes no leste da Ucrânia. Os efeitos da guerra são sentidos não apenas na região, mas também em outros países, incluindo alguns no sudeste asiático.

O Paquistão enfrenta uma grave escassez de gás. O aumento dos preços da energia tornou difícil para o país a importação de gás natural liquefeito. Mesmo as áreas residenciais no centro da capital estão passando por interrupções no fornecimento, que podem durar meio dia. “Eu não sei o que ou como vou cozinhar. Esta situação me faz chorar”, diz uma mulher em Islamabad.

Algumas pessoas estão se voltando para o crime. Um homem, que vive no noroeste do Paquistão, diz que regularmente recebe gás de pessoas que o roubam de um gasoduto próximo. Ele diz que algumas pessoas que obtêm gás foram feridas quando vazou e se incendiaram.

Ele disse que tem que continuar usando o gás roubado para sobreviver.

O Sri Lanka está enfrentando um aumento nos preços dos alimentos. A população local diz que os custos do arroz quase dobraram em relação ao ano passado. A alta dos preços da energia fez subir os custos de transporte e produção. Isto prejudicou ainda mais a nação da ilha, já lutando em meio a uma crise econômica.

As crianças estão entre as que mais sofrem. Uma menina quase perdeu a consciência durante uma reunião matinal. Ela não tinha comido desde o dia anterior.

Ela disse: “Minha família não pode mais receber ovos, carne ou peixe”. A situação toda mudou e o pão é muito caro. Não podemos comer pão como antigamente”.

Sua escola diz que 75% de seus alunos estão na categoria de “baixo peso”, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde – OMS. Esse número subiu 30 pontos percentuais em relação a um ano antes.

Christian Skoog, Representante da UNICEF no Sri Lanka, disse: “Se as coisas não voltarem ao normal rapidamente, será um retrocesso significativo para a próxima geração”.

A UNICEF está trabalhando com o governo do Sri Lanka para fornecer refeições gratuitas para as crianças. O Fundo das Nações Unidas para a Infância está apelando para a comunidade internacional para mais assistência.