Forças armadas da Rússia começam os exercícios com ICBMs de capacidade nuclear

Os militares russos começaram os exercícios com um sistema de mísseis balísticos intercontinentais com capacidade nuclear.

O Ministério da Defesa do país anunciou na quarta-feira (29), que os exercícios envolvem as Forças de Mísseis Estratégicos em Novosibirsk, na Sibéria.

O ministério diz que mais de 3.000 membros de serviço realizam manobras em três regiões para operar os sistemas ICBM de Yars.

O sistema Yars, com um alcance operacional relatado de mais de 10.000 quilômetros, foi desenvolvido para combater o sistema de defesa antimíssil dos EUA.

Os exercícios são vistos como visando demonstrar a capacidade nuclear da Rússia para os EUA e outros países que estão intensificando seu apoio militar à Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou um plano para implantar armas nucleares táticas em Belarus, aliado da Rússia.

O Ministério das Relações Exteriores da Bielorússia disse que o país decidiu hospedar armas russas.

Putin está programado para realizar uma reunião com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, no dia 6 de abril sobre o incentivo à cooperação bilateral.

O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, disse na terça-feira (28), que os líderes podem falar sobre questões de segurança, sugerindo uma discussão sobre armas nucleares táticas.

Também na terça-feira, um alto funcionário do governo americano disse que Washington havia decidido parar de fornecer à Rússia informações sobre armas nucleares estratégicas. O funcionário citou o fracasso de Moscou em cumprir o tratado de controle de armas nucleares New START.

Em fevereiro, a Rússia declarou unilateralmente que iria colocar o tratado nuclear em suspenso.

O funcionário norte-americano explicou que a Rússia não havia cumprido plenamente e se recusou a compartilhar dados, e Washington decidiu também não compartilhar esses dados.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergey Ryabkov, criticou na quarta-feira (29), a medida dos EUA. Ele disse a uma agência de notícias estatal russa que Washington transferiu sua responsabilidade para a Rússia.