OPEP+ mantém metas de produção ante as sanções ocidentais sobre o petróleo bruto russo

As principais nações produtoras de petróleo decidiram manter suas metas de produção inalteradas em meio a preocupações com uma retração econômica global e sanções ocidentais sobre as exportações russas de petróleo bruto.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo OPEP+ e seus aliados, como a Rússia, realizou uma reunião on-line no domingo (4).

O grupo da OPEP+ decidiu manter seu acordo para cortar a produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia a partir de novembro, para apoiar os preços do petróleo bruto.

Os preços do petróleo bruto estão em declínio, devido em parte ao rápido aumento das taxas de juros pelos bancos centrais na Europa e nos Estados Unidos para abafar a inflação.

A economia da China também tem perdido vapor devido às rígidas restrições políticas “zero COVID” à circulação de pessoas.

Os países ocidentais anunciaram que estão aplicando sanções contra os embarques marítimos de petróleo bruto russo, devido à invasão do país à Ucrânia.

A União Européia, as nações do G7 e a Austrália estão limitando seu preço para o petróleo bruto russo a 60 dólares por barril a partir de segunda-feira. A UE também proibirá as importações por via marítima, em princípio, a partir do mesmo dia.

A partir de fevereiro, a UE também colocará um embargo aos produtos petrolíferos da Rússia. No ano passado, importou petróleo bruto e produtos petrolíferos no valor de 71 bilhões de euros, ou cerca de 75 bilhões de dólares. A UE diz que as sanções reduzirão as importações da Rússia em cerca de 90 por cento.

O vice-primeiro ministro russo Alexander Novak indicou no domingo que a posição de seu país não sofreu alterações e que não exportaria petróleo bruto para países que estabelecem limites de preço.

Os analistas dizem que a OPEP+ decidiu manter-se fiel a suas metas de produção para monitorar como as medidas punitivas afetarão a demanda e os preços do petróleo cru.