Rússia está, efetivamente, em guerra com a OTAN, diz assistente de Putin

Um dos colaboradores mais próximos do presidente russo, Vladimir Putin, disse que a Rússia está, efetivamente, em guerra com as nações da OTAN.

O Secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, disse, na quarta-feira, que a Rússia está lutando não apenas contra as tropas ucranianas, mas também contra a aliança da OTAN.

Patrushev disse que os riscos de sabotagem e terrorismo estão aumentado nas áreas ocupadas pela Rússia. Ele acusou as nações ocidentais de tentarem expandir, o que ele chamou de, ações hostis em territórios russos.

As observações ocorrem num momento em que as tropas ucranianas estão, aparentemente, acelerando seus esforços para retomar terreno na região oriental de Luhansk, bem como Kherson, no sul.

Na quarta-feira, o governador de Luhansk, Serhiy Haidai, disse: “A desocupação da região de Luhansk já começou, oficialmente”. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, revelou que as tropas do país retomaram os assentamentos em Kherson.

O Ministério da Defesa do Reino Unido disse, em sua atualização de inteligência, na quinta-feira, que as forças da Ucrânia iniciaram uma nova fase de operações ofensivas em Kherson em 2 de outubro. Acrescentou que as unidades ucranianas avançaram a linha de frente em até 20 quilômetros.

O ministério também disse: “A Rússia enfrenta um dilema: a retirada das forças de combate em todo o Dnipro torna a defesa do resto do Oblast de Kherson Oblast mais sustentável; mas o imperativo político será permanecer e defender”.

Acrescentou que a Rússia tem, atualmente, poucas forças destacáveis adicionais, disponíveis, para estabilizar a frente, já que comprometeu a maioria de suas forças aerotransportadas com a defesa de Kherson.

Também na quarta-feira, o Instituto para o Estudo da Guerra, sediado nos EUA, disse: “A contra-ofensiva do norte da Ucrânia, em Kharkiv, ainda não terminou, após um mês de operações bem sucedidas”. Acrescentou que as tropas ucranianas estão, agora, avançando para Luhansk ocidental.

Após sua anexação de quatro regiões da Ucrânia, a administração Putin, provavelmente, continuará sua invasão em nome da “defesa territorial” das regiões.