EUA e Coréia do Sul terminam exercícios militares conjuntos

Os Estados Unidos e a Coréia do Sul encerraram seus exercícios militares conjuntos, codinome “Ulchi Freedom Shield”, na quinta-feira.

Os exercícios, que começaram em 22 de agosto, incluíram o primeiro treinamento de manobras de campo em larga escala, em cerca de quatro anos.

Foram também os primeiros exercícios conjuntos EUA-Coreia do Sul desde que Yoon Suk-yeol tomou posse como presidente sul-coreano, em maio.

Na quarta-feira, tropas americanas e sul-coreanas realizaram exercícios com fogo real, mobilizando tanques de batalha, howitzers autopropulsionados, sistemas de foguete de lançamento múltiplo e outros equipamentos.

Os exercícios conjuntos EUA-Sul-Coreanos foram cancelados ou reduzidos sob a administração do ex-presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que queria promover o diálogo com a Coréia do Norte.

A administração conservadora de Yoon devolveu os exercícios conjuntos a uma grande escala vista anteriormente, numa tentativa de reforçar a dissuasão contra o Norte.

Pyongyang reagiu, fortemente, aos exercícios. Os observadores dizem que a Coréia do Norte pode testar mísseis balísticos após o fim dos exercícios EUA-Coreia do Sul.

Oficiais de defesa do Sul disseram ao Parlamento, na segunda-feira, que o Norte continua a se preparar para possíveis lançamentos de seus últimos mísseis balísticos intercontinentais e de curto alcance.

O jornal sul-coreano, Dong-A Ilbo, informou, na quinta-feira, que há movimentos que parecem estar sendo preparados para lançamentos de mísseis balísticos em vários locais no Norte.

O Comitê para a Reunificação Pacífica da Pátria da Coréia do Norte, que é um elo de ligação com o Sul, levou, na quinta-feira, uma coluna de opinião sobre os exercícios.

O artigo os considerava como um ensaio para um ataque preventivo, para invadir a Coréia do Norte.

Criticava os EUA por manterem, o que Pyongyang chama de, ambição de transformar a Península Coreana em um campo de batalha nuclear.

Chamando o líder sulista, Yoon, de super criminoso, o artigo o denunciou por ter destruído completamente as relações inter-coreanas e empurrado a península para a beira de uma guerra.