Washington reage cautelosamente ao plano de Pelosi de visitar Taiwan

O plano da Presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, de visitar Taiwan está atraindo uma resposta cautelosa de Washington. A China está demonstrando, cada vez mais, seu descontentamento com as ações dos EUA em relação a Taiwan.

Na semana passada, o Financial Times citou pessoas familiarizadas com a situação dizendo que Pelosi planeja liderar uma delegação a Taiwan em agosto “para mostrar apoio a Taipei”.

Na segunda-feira (25), a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse: “A administração fornece, rotineiramente, aos membros do Congresso, informações e contexto para possíveis viagens, incluindo considerações geopolíticas e de segurança”. Ela se recusou a ponderar diretamente sobre os planos de Pelosi.

Como presidente da Câmara, Pelosi é a segunda na linha de sucessão de Joe Biden, se o presidente morrer ou não puder cumprir suas funções. Somente o vice presidente está acima dela.

Biden disse na quarta-feira (20) passada que “os militares acham que não é uma boa idéia neste momento” para Pelosi fazer a visita.

O Washington Post informou que os oficiais da administração Biden informaram Pelosi sobre a avaliação da comunidade de inteligência sobre os riscos de ir adiante com a viagem.

Os oficiais da administração estão, aparentemente, preocupados que a viagem possa causar uma escalada das tensões no Estreito de Taiwan.

Na última quinta-feira (21), Pelosi se absteve de confirmar que estava planejando a viagem, citando razões de segurança. Ela enfrenta uma decisão difícil, pois não visitar Taiwan poderia levar os críticos a dizerem que ela cedeu à pressão.

Pelosi deveria visitar Taiwan e o Japão em abril, mas a viagem foi adiada quando ela testou positivo para o coronavírus chinês.