Líder de grupo religioso com vínculos com o assassino de Abe fala à imprensa

A Federação da Família para a Paz e Unificação Mundial declara que a mãe do assassino do ex-Primeiro Ministro japonês Abe Shinzo é uma membro do grupo. A organização religiosa também é conhecida como a Igreja da Unificação.

Yamagami Tetsuya, assassino de Abe, disse à polícia que guardava rancor contra o grupo e que ele tinha como alvo o ex-primeiro-ministro porque acreditava que Abe tinha laços estreitos com ele.

O criminoso também disse à polícia que sua mãe ficou obcecada com a organização e fez grandes doações, praticamente arruinando sua família.

Tanaka Tomihiro, líder da filial japonesa do grupo religioso, realizou na segunda-feira (11), uma coletiva de imprensa em Tóquio.

Tanaka disse que o próprio Yamagami não é, e nunca foi, um seguidor. Ele indicou que sua mãe se juntou ao grupo por volta de 1998. Ele prosseguiu dizendo que ela não estava envolvida nas atividades da igreja por vários anos desde 2009, acrescentando que ela tem participado das atividades do grupo uma vez por mês durante os últimos seis meses.

Tanaka também disse que, após o incidente do tiroteio, a igreja soube que ela declarou falência em 2002 ou por aí, mas ainda não soube como isso veio a acontecer.

Com relação aos vínculos de Abe com o grupo, Tanaka disse que apresentou uma mensagem em um evento organizado por uma entidade afiliada. Abe elogiou suas atividades voltadas para a promoção da paz.

Mas Tanaka negou que Abe fosse membro ou conselheiro do grupo afiliado.

Ele também disse que a igreja está perplexa que o ressentimento do grupo motivou o assassinato de Abe, pois as duas coisas parecem não ter nenhuma relação uma com a outra.

Ele expressou o desejo de cooperar com a polícia enquanto eles trabalham para esclarecer os motivos do acusado.